Elvas: Rondão Almeida,defende a criação de zonas francas nas regiões fronteiriças para fazer face à disparidade dos preços dos combustíveis
Os autarcas das zonas de fronteira reclamaram ontem medidas do Govermo que imponham uma redução dos preços dos combustíveis para fazer face à concorrência espanhola, que está a atingir duramente os postos raianos. A subida do custo dos combustíveis e a disparidade dos preços praticados entre Espanha e Portugal tem levado ao encerramento de vários postos, criando também problemas de gestão em muitas zonas fronteiriças já que os clientes preferem abastecer os veículos no país vizinho. |
Em Elvas, Rondão Almeida (PS), defende mesmo a criação de zonas francas nas regiões fronteiriças para fazer face à disparidade dos preços dos combustíveis em Portugal e Espanha. “As regiões fronteiriças deveriam ter um estatuto que permitisse adequar o sector comercial a ambos os países, tipo zonas francas, porque quem paga com a actual situação é o comércio tradicional pelas diferenças de impostos”, argumentou o autarca de Elvas.
“Já o tentei sensibilizar várias vezes [ao ministro da Economia], porque é uma solução que é perfeitamente possível de implementar em toda a zona raiana enquanto houver a diferença de ISP e IVA em relação a Espanha”, disse.
No Minho, o presidente da Câmara de Valença, José Luís Serra (PS), defende que hoje “há claramente condições” para a descida do preço dos combustíveis em Portugal e alertou para a situação difícil das gasolineiras portuguesas das zonas de fronteira.
“Numa altura em que a tendência do preço do crude é de descida, nenhum dos comuns mortais percebe que os preços dos combustíveis aumentem em Portugal. Penso que é chegada a hora de a entidade reguladora do sector explicar devidamente o que é que se está a passar”, referiu o autarca.
José Luís Serra garantiu que “há muito tempo” que abastece a sua viatura pessoal em Espanha, onde os preços são “bem inferiores” aos praticados em Portugal.
“Já fechou um posto de combustíveis em Valença e imagino com que esforço é que os outros se mantêm abertos”, disse ainda José Luís Serra.
ASR/HYT/VCP.