Desporto: Olimpismo nacional necessita de encontrar fontes de financiamento alternativo

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bandeira_nacO presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), Vicente Moura, defendeu ontem a necessidade do olimpismo nacional encontrar fontes de financiamento alternativo, no futuro, para além dos fundos habitualmente concedidos pelo Estado.

“É sobretudo imperativo encontrar fontes de financiamento complementar, desonerando o Estado, o principal e tantas vezes único financiador do sector”, disse Vicente Moura durante a Gala dos Atletas Portugueses Medalhados nos Jogos Olímpicos, que decorreu no Casino da Figueira da Foz.

Lembrou que outra necessidade passa pelo crescimento do número de atletas federados e respectivo enquadramento técnico “acompanhando a realidade demográfica em acelerada mutação”.

Apesar das lacunas ainda existentes, o presidente do COP frisou que as condições de prática desportiva e apoio aos atletas em Portugal “melhoraram significativamente nos últimos anos, graças ao melhor e mais esclarecido apoio do Governo e das autarquias”.

“Foram vencidos atrasos estruturais, ultrapassadas mentalidades anacrónicas, alcançadas as metas do progresso. Aproximámo-nos dos países desportivamente desenvolvidos, deixando para trás potências da linha da frente em termos de riqueza e dimensão”, considerou.

Para Vicente Moura, os “resultados de topo” alcançados pelos representantes portugueses nos Jogos Olímpicos, devem-se “principalmente, ao talento, capacidade de trabalho e sacrifício dos atletas”.

“Os nossos atletas, que competiram ao longo de um século (…) tudo fizeram para darem o seu máximo e obterem os melhores resultados possíveis”, reconheceu Vicente Moura.

Os 36 atletas portugueses medalhados em Jogos Olímpicos, entre 1924 (Paris) e 2008 (Pequim) foram ontem homenageados, numa cerimónia onde se relembraram os já falecidos – distinguidos na pessoa de Gentil Martins, presidente da Associação de Atletas Olímpicos de Portugal.

Um dos mais ovacionados foi Carlos Lopes, medalha de prata nos 10.000 metros em Montreal (1976), a primeira medalha do atletismo nacional em Jogos Olímpicos e medalha de ouro na maratona de Los Angeles (1984).

Outras grandes ovações da noite foram para Rosa Mota (bronze na Maratona em Los Angeles 84 e ouro na mesma especialidade em Seul 88) e Francis Obikwelu o velocista medalha de prata nos 100 metros em Atenas 2004.

Presente na cerimónia, o secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, sublinhou o “grande e enorme caminho” que atletas, clubes, dirigentes e federações têm para vencer “todos os dias” para “cada vez melhor representarem as cores nacionais”.

JLS.

Lusa/Fim

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