Presidente da Câmara de Évora quer concretizar “grandes investimentos públicos” neste mandato
O presidente do Município de Évora, José Ernesto Oliveira, empossado ontem para terceiro e último mandato, garantiu a concretização, apesar da “situação difícil do país”, de “grandes investimentos públicos” no concelho nos próximos quatro anos.
“Apesar das dificuldades” e da “situação difícil que o país e a Europa têm vindo a atravessar, com os naturais reflexos na região e concelho”, este “vai ser o mandato da concretização de grandes investimentos públicos municipais e governamentais, alguns já iniciados”, prometeu.
O autarca discursava na cerimónia de tomada de posse do novo executivo camarário e dos novos membros da Assembleia Municipal de Évora, nos Paços do Concelho.
O socialista José Ernesto Oliveira venceu as eleições autárquicas de 11 de Outubro, sem maioria absoluta, elegendo três elementos para o executivo municipal, o mesmo número da CDU, enquanto o PSD manteve um vereador.
O autarca disse aos jornalistas que o seu “principal desígnio” é o apoio “às famílias mais desfavorecidas” e “idosos” e a “criação de emprego”, mas quer ainda realizar alguns grandes projectos no concelho, previstos ou em curso.
O Complexo Desportivo Municipal e a recuperação do Salão Central [espaço cultural da cidade] são dois desses projectos, que devem ficar prontos “no Verão do próximo ano”, disse o presidente, que pretende ainda avançar com o Parque do Conhecimento e das Bibliotecas Frei Manuel do Cenáculo”.
Quanto a projectos dependentes do Governo, o autarca elegeu a construção da estação local do comboio de alta velocidade (TGV) e dos novos hospital regional e lanço do Itinerário Principal 2 (IP2) como “obras essenciais” para Évora continuar a ter “um papel de liderança” regional.
Sem a maioria absoluta do primeiro mandato, o autarca vai “repetir” a maioria relativa dos últimos quatro anos e afirmou esperar da oposição a mesma “disponibilidade permanente para encontrar soluções e consensos”.
O vereador Eduardo Luciano, que encabeçou a lista eleitoral da CDU, garantiu que os eleitos comunistas vão ser a “voz dos cidadãos” e viabilizarão “tudo o que vá ao encontro do programa eleitoral” do seu partido.
Também o vereador António Dieb, único eleito do PSD no executivo camarário, tal como no anterior mandato, prometeu “ponderar” as propostas municipais “caso a caso” e “decidir sempre em função do interesse público”.
O antigo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, foi reeleito presidente da mesa da Assembleia Municipal (AM), na única lista a votação, resultante de uma “aliança”, mas sem “coligação formal”, dos três partidos de esquerda (uma eleita da CDU e outra do Bloco de Esquerda ficaram como primeira e segunda secretárias, respectivamente).
“O PS propôs que a mesa da AM fosse composta por todos os partidos, com lugares decrescentes em termos de importância. O PSD recusou e convidámos a quarta força política, o Bloco de Esquerda, que aceitou”, afirmou Capoulas Santos, frisando que 39 dos 40 eleitos da AM estiveram presentes, tendo a lista conquistado 34 votos a favor e cinco abstenções.
Já António Dieb contrapôs que o PSD, tal como poderiam fazer outras forças políticas, pretendia propor um candidato à presidência da mesa: “Cada uma votaria no candidato que entendesse, mas [PS, CDU e BE], coligados entre si”, optaram por lista única, o que é “regimental e democraticamente correcto”.
RRL.
Lusa/Fim