Évora: Capote Música integrada no Festival Artes à Rua
Jardim dos Colegiais (Hyde Park) Évora
Uma iniciativa Capote Música integrada no Festival Artes à Rua
No âmbito do Festival Artes à Rua em Évora a Capote Música apresenta Capote à Sombra.
Dias 26 e 27 de Julho a partir das 18h, Capote à Sombra acolhe bons representantes da nova música
portuguesa para um final de tarde descontraído, em harmonia com o património material e natural da
cidade de Évora.
A sombra escolhida para esta primeira edição situa-se no Jardim dos Colegiais (Hyde Park), e as
bandas convidadas são: Cassete Pirata, Zé Simples, Amanita Ponderosa e Lobo Mau.
Para além da construção de dinâmicas culturais que promovam a descentralização e a música
emergente, a Capote Música continua a provocar encontros com artistas de projecção tanto regional
como nacional.
A Capote Música, um colectivo independente de Évora que apoia a criação e produção musical. A
Capote Música acredita na descentralização e investe num intercâmbio de igual para igual com o que
melhor se faz pelo país fora.
Bandas 1ª edição Capote à Sombra
CASSETE PIRATA
Liderada pelo guitarrista João Firmino (mais conhecido como Pir), que também assume o papel de
vocalista, conta nas suas fileiras com o monstro da bateria João Pinheiro (Diabo na Cruz, TV
Rural), o pulso firme de António Quintino no baixo (Samuel Úria), para além da única dupla de
cantoras e teclistas que este país conhece – Margarida Campelo e Joana Espadinha.
Vindos maioritariamente das escolas de jazz de Lisboa e Amesterdão, os Cassete Pirata abalaram
as fundações do Popular Alvalade, Casa do Povo de Ovar, Salão Brazil, Café Concerto Pombal
com as suas canções rock, vindas directamente da juventude que reprimiram durante o estudo de
harmonias de jazz demasiado complicadas.
A banda representa o descomprometimento de quem consegue enfiar uma canção pop entre os
solos de guitarra de Firmino e a batida demolidora, suada e sem t-shirt de João Pinheiro, sem
esquecer os coros de duas das melhores vozes de Campo de Ourique. O lirismo das melodias e o
som psicadélico dos teclados vêm de quem juntou os Supertramp e Melody’s Echo Chamber aos
discos do Coltrane e Milton Nascimento.
ZÉ SIMPLES
“Pudera o homem evadir-se num ponto longínquo bem a sul, intersectar horizontes e perder-se
num final de tarde, de um vermelho sanguíneo e febril quase consciente do fim.
José Penacho (músico de Marvel Lima e Riding Pânico) toma as planícies bucólicas do Alentejo
como sua inspiração naquele que é o seu primeiro trabalho a solo, íntimo e revelador. Num registo
cancioneiro, imerge na guitarra primitiva americana de John Fahey, Robbie Basho e Jack Rose,
enquanto desperta ressonâncias saudosas de Zeca Afonso e José Mário Branco, nomes que
fizeram história no mundo da sua arte e na música portuguesa de intervenção.
A expressão musical faz jus ao seu nome. A simplicidade com que evoca as vivências rurais mais
cruas.”
LOBO MAU
Uma guitarra eléctrica, duas vozes, uma feminina e outra masculina, e as histórias e vivências que
caracterizam os seus timbres, servem de mote a todo um processo criativo de extrema partilha
que tem vindo a resultar num repertório original, desinibido e sem artifícios, actualmente em fase
de consolidação para ser levado a ouvidos disponíveis para a nova música portuguesa.
Lobo Mau são: Gonçalo Ferreira, Lília Esteves e David Jacinto
AMANITA PONDEROSA
Formação teimosamente duo que toca para lá do rock com travo a mundo (ou seja, sem
delineamento estilístico). Impulsionados pelo riff na procura via método tentativa e erro, mostramse
em concerto uma vez e meia por ano. E só para ficarem quatro estrangeirismos no texto:
praticam o groove e por vezes recorrem ao loop!