Desemprego: União de Sindicatos do Norte Alentejano preocupada com aumento do número de desempregados

Views: 776

desemprego_notPortalegre – A União de Sindicatos do Norte Alentejano (USNA), afecta à CGTP, manifestou-se ontem preocupada com o desemprego na região, estimando que existam “cerca de nove mil” pessoas sem trabalho, sendo a maioria do sexo feminino.

Em declarações à agência Lusa, o coordenador da USNA, Diogo Júlio, indicou que o desemprego “aumentou 25 por cento desde Setembro de 2008″.

“A situação é preocupante. O desemprego é a maior preocupação dos trabalhadores da região”, sublinhou.

Segundo os últimos números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Setembro estavam inscritos nos centros de emprego da região de Portalegre 5315 desempregados.

De acordo com o sindicalista, a deslocalização da empresa Johnson Controls, de Portalegre, e o encerramento e despedimentos na Delphi e Subercentro, em Ponte Sor têm contribuído de uma forma “muito forte” para o desemprego na região.

“Quando ainda não conseguimos ultrapassar os traumas do encerramento da Fino´s (Portalegre), vimos encerrar a Robinson Bros (Portalegre), deslocalizar a Lactogal (Avis) e o fecho das explorações de granito em Elvas, Arronches e Monforte”, observou.

Diogo Júlio mostrou-se também preocupado com o “definhar” das empresas de granito Granisan e da Singranova (Nisa) e com o “arrastar” do período de lay off na Din`Aero (Ponte Sor).

“O drama torna-se ainda pior quando observamos que uma boa parte destes desempregados são jovens com pouco tempo de descontos, jovens em situação precária, a recibos verdes, verdadeiros dramas sociais”, disse.

Para suprimir a situação, a USNA defende que seja alargado o período de subsídio de desemprego, a revogação do factor de sustentabilidade e que sejam alteradas as regras de actualização das pensões e prestações sociais para evitar situações de “pobreza absoluta”.

Diogo Júlio defendeu ainda a criação de um “pacto regional para o emprego” para garantir que “todas as potencialidades” da região sejam “aproveitadas”.

HYT.

Lusa/Fim

Comments: 0