Turismo: Jornal New York Times descobre o Alto Alentejo
O jornal norte-americano New York Times descobriu o Alto Alentejo, um destino, diz, “ignorado, mas não por muito tempo, que nos últimos anos se tornou refúgio de “um sofisticado jetset internacional”, com os seus hotéis de charme, adegas e restaurantes.
Na secção de viagens da edição de fim-de-semana, hoje divulgada na sua página na Internet, o jornal conta a história de Doug Smith, americano cansado da gestão do seu hotel na Califórnia e à procura de novos projectos “num local exótico”, que acabou por descobrir o “Além-Tejo”, e comprar uma quinta do século XVIII em Campo Maior.
Estremoz, e a Pousada Rainha Santa Isabel, “de um luxo anacrónico”, Crato e o Convento da Flor do Rosa, que “traz a arte contemporânea a um castelo do século XIV”, a vila de Marvão e a sua muralha mourisca, ou a Capela dos Ossos de Campo Maior, são entre os monumentos referidos, nesta reportagem, que assinala também alguns “tesouros naturais” da região.
A oferta gastronómica é longamente detalhada, dos queijos de Nisa à grande variedade de vinhos regionais, passando por especialidades com as migas ou as várias formas de cozinhar o bacalhau.
Como na Toscânia ou na Provença, a comida e o vinho estabelecem laços entre as famílias locais e os visitantes, escreve o jornal, que recomenda alguns restaurantes destacando a genuinidade dos produtos e o poder atractivo de uma cozinha que nos últimos anos tem vindo a cativar “um número crescente de amantes dos prazeres da vida”.
As perspectivas de desenvolvimento regional que “a planeada ligação” por TGV entre Madrid e Lisboa, com paragem em Elvas, são igualmente referidas.
Por enquanto, “é um destino sem complicações, em conta e agradável”, conclui o diário nova-iorquino, uma espécie de Toscânia, como era esta região da Itália, há uns trinta anos atrás.
MRO.
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