Casa Pia: Julgamento prossegue hoje depois de maior parte dos arguidos ter reafirmado inocência
O julgamento do caso Casa Pia prossegue hoje, com a sessão dedicada ao processo apenso ao principal, o processo “Joel”, o jovem casapiano que primeiro denunciou os alegados abusos envolvento alunos casapianos.
Este julgamento decorre na 8.ª Vara Criminal no Tribunal de Instrução Criminal, no Campus da Justiça de Lisboa, no Parque das Nações.
Na última sessão, no dia 02 deste mês, a maior parte dos arguidos do processo Casa Pia reiterou a sua inocência nas declarações finais, a par de acusações às alegadas vítimas que os acusam de abusos sexuais e críticas à maneira como decorreram as investigações.
Só o ex-motorista da Casa Pia Carlos Silvino, o único arguido que confessou os crimes de que é acusado, não fez declarações.
O apresentador de televisão Carlos Cruz reafirmou “veementemente” a sua inocência e reiterou que nunca conheceu antes do início do processo os outros arguidos e os assistentes do processo, os jovens em cujos depoimentos assentam os principais pontos da acusação.
O médico Ferreira Diniz destacou a “grande indignação” por ter sido incluído no processo, reiterando que está “completamente inocente” e lamentando que “não tenha sido feita verdadeira investigação”.
Quanto ao embaixador Jorge Ritto, negou conhecer os jovens que o acusam e ter estado alguma vez em Elvas – onde se situa uma casa onde alegadamente terão ocorrido abusos – ou em qualquer apartamento da Avenida das Forças Armadas, em Lisboa, outro local de alegados abusos.
O arguido Hugo Marçal afirmou que só foi incluído no processo por ter estado “no dia errado, na hora errada e no sítio errado”.
O ex-provedor-adjunto da Casa Pia Manuel Abrantes afirmou que os assistentes não forneceram “nenhuma prova real” de que tivessem sido abusados por si.
Gertrudes Nunes, dona da casa de Elvas, reafirmou também a sua inocência: “Não sei como é que isto chegou à minha casa”, afirmou.
APN/TQ.
Lusa/fim