Balonismo: Padre de Alter do Chão não resiste ao “pecado” de voar

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viagem_balao_notAlter do Chão, Portalegre – O padre de Alter do Chão (Portalegre), Rui Rodrigues, confessou ontem à agência Lusa que não resistiu ao “pecado” de voar num balão de ar quente e que seria “engraçado” celebrar um casamento num desses voos.

“Para celebrar uma missa faltavam-me os fiéis, porque o cesto do balão é pequeno, mas um casamento era engraçado”, contou o sacerdote durante um dos voos livres da 13.ª edição do Festival Internacional Bp Gás Balões de Ar Quente, que decorre em Alter do Chão e Fronteira.

“Eu gosto de balonismo, desde que estou em Alter do Chão tenho acompanhado estes passeios, e não resisto ao pecado de viajar porque é uma oportunidade única”, revelou.

Rui Rodrigues, 31 anos, foi ordenado padre há cinco e “espalha a fé” pela região de Alter do Chão há cerca de quatro anos.

“O passeio de balão é sobretudo contemplar a obra da natureza e se acreditamos, com sentido de fé, que somos também procriadores com Deus, [o voo serve igualmente para] contemplar aquilo que o homem ao longo dos tempos foi também construindo”, sublinhou.

“Por vezes olhamos para mundo e pensamos que o homem só existe para destruir, mas também podemos olhar para ele como aquele que constrói. Ao contemplarmos tudo isto, a perspectiva vista de cima, do ar, da harmonia, do equilíbrio, é ver que o homem torna a natureza também mais bela”, sustentou.

Rui Rodrigues, considera a região do Alentejo “extraordinária” para voar, uma vez que está “protegida da industrialização”.

Momentos antes de seguir a bordo num dos voos de balão do festival, o jovem sacerdote confessou esperar que o balão em que ia seguir, estivesse abençoado.

“Eu espero que cada vez que o balão levanta, ou até mesmo quando levantou pela primeira vez esteja abençoado, quer ele, quer o piloto”, disse, sorrindo.

Cerca de meia centena de balões vão colorir até sábado os céus de Alter do Chão e Fronteira durante o Festival Internacional Bp Gás Balões de Ar Quente, o mais antigo do género em Portugal, promovido pela empresa Publibalão.

Este ano o objectivo era fazer do Festival o maior evento de balonismo da Europa com 60 tripulações, um número que não foi alcançado mas que, ainda assim, não elimina as expectativas positivas da empresa promotora.

“Por uma questão orçamental e por não haver condições para ter cá os 60 balões, não foi possível, mas, apesar de só termos 48, o mesmo número do ano passado, continua a ser o melhor festival de balões da Europa, sem dúvida nenhuma”, adiantou à Lusa Sandro Camarate.

O cartaz inclui, além de voos livres (as habituais viagens de balão) e cativos das escolas, o campeonato nacional e a taça ibérica (ambos com início na quarta-feira) e um “night flow” (dia 13, em Alter do Chão), um espectáculo que combina jogos de luz e música em terra.

HYT.

Lusa/Fim

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