Balonismo: Modalidade está a crescer em Portugal, mas a prática é dispendiosa

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viagem_balao_notAlter do Chão, Portalegre, 11 Nov (Lusa) – A prática do balonismo em Portugal está em crescimento, mas a aquisição de um balão de ar quente, entre outras despesas inerentes à sua utilização, ultrapassam os 30 mil euros, tornando assim modalidade um pouco dispendiosa.

“Para comprar um balão é preciso ter dinheiro, não é um desporto barato. Hoje em dia existem vários tipos de balões, mas em termos médios, um balão completo custa à volta de 30 mil euros”, disse hoje à agência Lusa Aníbal Soares, piloto/instrutor de balões de ar quente.

A legalização do balão, o elevado custo dos prémios de seguros, a viatura de transporte, atrelado e a equipa de apoio, torna a prática da modalidade “um pouco dispendiosa”, explicou.

Aníbal Soares, que exerce também o cargo de director da 13.ª edição do Festival Internacional Bp Gás Balões de Ar Quente, que decorre em Alter do Chão e Fronteira (Portalegre), revelou ainda os “segredos” necessários para a formação de um piloto.

“Para se tornar piloto [o interessado] tem que fazer 16 horas de voo, formação teórica com duração de cerca de 50 horas, onde são abordadas temáticas como a meteorologia, aerologia, performance humana, regras do ar, entre outras”, adiantou.

O director da 13.ª edição do Festival Internacional Bp Gás Balões de Ar Quente mostrou-se ainda “optimista” quanto ao futuro da prática da modalidade em Portugal.

Aníbal Soares considerou ainda que a realização em Alter do Chão e Fronteira do maior evento português de balonismo tem “despertado” os portugueses para a prática da modalidade.

Cerca de meia centena de balões vão colorir até sábado os céus daquela região alentejana durante o Festival Internacional Bp Gás Balões de Ar Quente, o mais antigo do género em Portugal, promovido pela empresa Publibalão.

Este ano, o objectivo era fazer do Festival o maior evento de balonismo da Europa com 60 tripulações, um número que não foi alcançado mas que, ainda assim, não elimina as expectativas positivas da empresa promotora.

“Por uma questão orçamental e por não haver condições para ter cá os 60 balões, não foi possível, mas, apesar de só termos 48, o mesmo número do ano passado, continua a ser o melhor festival de balões da Europa, sem dúvida nenhuma”, adiantou à Lusa Sandro Camarate.

O cartaz inclui, além de voos livres (as habituais viagens de balão) e cativos das escolas, o campeonato nacional e a taça ibérica (ambos com inicio hoje) e um “night flow” (dia 13, em Alter do Chão), um espectáculo que combina jogos de luz e música em terra.

HYT.

Lusa/Fim

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