Ciência: Semana da Ciência e Tecnologia arranca hoje para “celebrar” Darwin e a importância das nanotecnologias
A passagem do 150.º aniversário da publicação da “Origem das Espécies”, de Darwin, vai inspirar muitos dos eventos da Semana da Ciência e Tecnologia, que arranca hoje e em que estará também em destaque a nanotecnologia.
Até à próxima sexta-feira, mais de uma centena de instituições científicas, universidades, escolas, associações, museus e centros Ciência Viva apresentarão mais de três centenas de eventos destinados a contribuir para a apropriação da Ciência pelos cidadãos.
Outro assunto em realce será o resultado de parcerias entre universidades portuguesas e estrangeiras, nomeadamente com o MIT, nos Estados Unidos, que enviará a Lisboa pela primeira vez a sua presidente, Susan Hockfield.
As actividades arrancam este hoje com o encerramento do Ano Internacional do Planeta Terra, uma iniciativa organizada pela UNESCO sob o título “Planeta Terra, Presente e Futuro” e que traz a Lisboa personalidades mundiais nas áreas da ciência, da política e da indústria.
A organização da Semana da Ciência e Tecnologia é da Agência Ciência Viva, cuja directora executiva, Ana Noronha, em declarações à Lusa, chamou a atenção para o Dia Nacional da Cultura Científica (dia 24), em que terá início uma programação dedicada às nanotecnologias no Pavilhão do Conhecimento.
“Haverá actividades para as crianças, nomeadamente construções de maquetes de nanotubos de carbono e balões, com a presença de investigadores e professores, e uma exposição de fotografias reais de laboratório para mostrar a diferença entre formas semelhantes em escalas diferentes”, salientou.
Por outro lado, como se celebra este ano o bicentenário do nascimento de Charles Darwin e os 150 anos da publicação do seu livro “A Origem das Espécies”, a 24 de Novembro de 1859, muitas escolas prepararam eventos relacionados com a efeméride.
Pretende-se, em geral, mostrar o que fazem os cientistas, como trabalham e para que servem.
Os laboratórios abrirão aos visitantes, haverá exposições e visitas guiadas, “workshops”, colóquios e conferências, tertúlias, passeios científicos e observações astronómicas, tudo iniciativas de acesso gratuito.
Como exemplos, decorrerá segunda-feira no Instituto de Biologia Molecular e Celular-Instituto Nacional de Engenharia Biomédica, no Porto, um “workshop” em que serão aplicados conceitos de genética e hereditariedade.
No dia seguinte, no Centro de Psicologia da Universidade do Porto, o público será convidado a ver como Darwin abordou a evolução das emoções humanas através de reconhecimento emocional de faces.
Quarta-feira, será possível observar como o Azul da Prússia, um pigmento descoberto em 1704 e muito utilizado em obras de arte, pode vir a ser a base das superfícies de escrita digital, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Um dia depois, será possível participar na manufactura de tapeçarias dedicadas aos astros na Escola Superior de Educação de Portalegre.
Na sexta-feira, no Centro Ciência Viva da Floresta, em Proença-a-Nova, poderá saber-se como o pólen e os esporos das plantas são utilizados pela Palinologia Forense para ligar suspeitos e objectos a locais de crime.
CM.
Lusa/fim