Sismo com 16 réplicas não causou vítimas nem danos estruturais
Um sismo, com 16 réplicas, abalou hoje de madrugada Portugal Continental, mas não provocou vítimas, nem danos estruturais, segundo a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
O sismo, com uma magnitude de 6.0 na escala de Richter e uma intensidade de 5.0 na escala de Mercalli segundo o Instituto de Meteorologia (IM), foi sentido à 01:37 e teve a duração de alguns minutos, mas apenas foi sentido pelas pessoas durante cinco a oito segundos.
Depois do primeiro abalo, o Instituto de Meteorologia registou 16 réplicas, levando o presidente do IM a classificá-lo como o maior sismo registado desde 1969 em Portugal.
O sismo que ocorreu no Oceano Atlântico, a cerca de 30 quilómetros de profundidade, foi de “forte intensidade, mas não causou estragos, não danificou estruturas” nem causou vítimas, adiantou Adérito Serrão.
O sismo foi sentido em Lisboa, em muitos locais sobretudo nos lugares de maior elevação, bem como ao longo de toda a costa algarvia, acrescentou.
A Protecção Civil tem estado a monitorizar toda a informação e deverão ocorrer avaliações locais, na sequência de alertas das populações, das câmaras ou dos serviços municipais de protecção civil.
Na Guarda, a Protecção Civil recebeu “muitos telefonemas” e tem conhecimento de uma situação de danos alegadamente atribuídos à ocorrência.
“As pessoas diziam que sentiram o sismo e queriam saber o que se passava e partilhar a informação com os nossos serviços”, disse o coordenador do Serviço Municipal de Protecção Civil da Guarda, Granja de Sousa.
Também a Protecção Civil do Algarve recebeu dezenas de chamadas telefónicas e muitas pessoas com receio das réplicas do sismo foram para a rua, de acordo com relatos recolhidos pela Lusa.
O acordar em sobressalto e ver objectos a tremer foi a forma como muitos alentejanos sentiram o sismo, com maior intensidade no Sul.
Os serviços de protecção civil de Évora, Beja e Portalegre, contactados pela Lusa, confirmaram que receberam alguns telefonemas de pessoas a questionar se tinha sido um sismo e se havia danos.
O Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, deslocou-se às instalações da Protecção Civil, em Lisboa, para se “inteirar de todo o processo”, adiantou Pedro Araújo.
HN.
Lusa/fim