Aviação: Certificação do aeroporto de Beja deverá durar cerca de nove meses – ANA

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aviao_tap_notBeja – A certificação do aeroporto de Beja, que poderá designar-se aeroporto do Alentejo, deverá durar cerca de nove meses, mas não se sabe quando a infra-estrutura começará a operar, disseram fontes da ANA – Aeroportos de Portugal.

Para a conclusão do processo de certificação, que “é complexo” e servirá para “adequar” infra-estruturas militares da Base Aérea nº. 11 à operação civil, a ANA prevê “um prazo que andará à volta dos nove meses”, disse Jorge Arruda, líder do projecto de integração do aeroporto de Beja na rede aeroportuária nacional da ANA.

Jorge Arruda falava aos jornalistas em Beja, à margem da apresentação do plano de marketing do aeroporto elaborado pela ANA.

Na terça-feira, durante uma visita à infra-estrutura aeronáutica, a deputada do PS Ana Paula Vitorino, reportando-se a informações prestadas pela ANA, disse que o aeroporto de Beja poderá estar certificado e pronto para começar a operar “dentro de nove meses” (Setembro de 2010).

Confrontado  com estas informações, Jorge Arruda disse que a ANA tem “as expectativas de que, em condições de normalidade, assim poderá ser”.

“Estamos a falar em perspectivas. A realidade pode condicionar-nos. Até pode acontecer que seja mais cedo, mas pode acontecer que seja mais tarde. Não há nada definitivo”, frisou.

Segundo Jorge Arruda, após avaliações feitas às condições das pistas da Base Aérea n.º 11, “foram feitos vários relatórios” e “definidos requisitos que terão que ser cumpridos” pela ANA e pela Força Aérea Portuguesa e que estão a ser avaliados pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).

“Logo que o INAC se pronuncie sobre os requisitos”, a ANA irá “estimar, em definitivo, um prazo para ter tudo cumprido”, previu.

Durante a apresentação, um dos autores do plano de marketing, Ricardo Lagoa, disse que o aeroporto de Beja “irá designar-se aeroporto do Alentejo”, o que gerou alguma controvérsia entra a assistência e a discordância dos presidentes da Câmara e da concelhia do PSD de Beja.

Questionado pelo presidente da concelhia do PSD de Beja, João Paulo Ramôa, sobre a razão da alteração no nome do aeroporto, Ricardo Lagoa explicou que “é uma questão de notoriedade”.

“No mercado externo, é mais vendável um aeroporto com o nome da região Alentejo, que já é um produto residual, do que com o nome da cidade de Beja, que tem ainda menos notoriedade do que a região e é mais difícil de vender”, justificou.

No entanto, “institucionalmente vai ser sempre aeroporto de Beja”, disse aos jornalistas outro dos autores do plano de marketing, Luís Taborda, frisando que a designação aeroporto do Alentejo “não é uma questão encerrada”.

Luís Taborda disse que os autores do plano de marketing vão dar a conhecer ao concelho de administração da ANA “o feedback contrário à designação aeroporto do Alentejo” manifestada  em Beja.

Jorge Arruda disse ainda que o aeroporto de Beja, na fase de arranque, não vai operar durante a noite, devido a “dificuldades técnicas” em adaptar a iluminação militar das pistas da BA11 à operação civil e ao “limite de efectivos” do serviço de bombeiros que será prestado por aquela infra-estrutura militar.

Segundo Luís Taborda, o plano de marketing do aeroporto de Beja vai apostar na “promoção da marca Alentejo”, “na operação de voos charter”, na captação de operadores turísticos portugueses e no estacionamento de longa duração e na manutenção de aeronaves.

LL.

Lusa/Fim

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