PSP: Gabinete de psicologia presta 400 consultas por mês
O gabinete de psicologia da PSP prestou em média 400 consultas por mês este ano, número que tem aumentado e que o responsável pelo serviço atribui à divulgação do atendimento e à proximidade com os agentes.
Em entrevista à agência Lusa, o chefe do gabinete de Psicologia da PSP, Fernando Passos, disse que este ano o serviço registou cerca de cinco mil consultas, mais 1063 do que no ano passado, quando foram feitas 3937.
Fernando Passos adiantou que tem existido um aumento gradual do número de consultas. Em 2001, ano de arranque do gabinete, foram feitas 263 consultas, tendo existido desde então um aumento anual.
O director do gabinete de psicologia da PSP apontou várias razões para o aumento do número de consultas de acompanhamento psicológico, como a “maior proximidade com os elementos policiais”, a divulgação do serviço, através da colocação de posters em todas as esquadras e comandos, e a linha telefónica gratuita.
A linha verde da PSP, que é divulgada no verso do recibo de vencimento dos polícias, funciona 24 horas por dia e recebe, em média, 100 chamadas por mês.
Mas, segundo Fernando Passos, a “maior parte das chamadas telefónicas não correspondem a situações de emergência, nem de urgência”.
A linha telefónica tem por finalidade responder “às expectativas e necessidades” dos agentes e dar o encaminhamento necessário.
Sem especificar concretamente quais os problemas dos agentes que pedem acompanhamento psicológico, o responsável referiu que a maior parte dos polícias que recorrem ao gabinete de psicologia tem problemas relacionados com perturbações de humor.
De acordo com Fernando Passos, as perturbações de humor não são provocadas por uma situação isolada, mas estão associadas a problemas pessoais, familiares, passionais e profissionais.
Actualmente, existem gabinetes de psicologia em Belas, divisão de Almada e nos comandos de Lisboa, Setúbal, Porto e Faro, que também presta apoio a Beja.
A PSP quer alargar o serviço e colocar psicólogos em todos os distritos.
O mesmo responsável avançou à Lusa que “a colocação dos psicólogos nos comandos distritais da PSP já está definida e determinada” e possivelmente em Janeiro deverá ser reforçado o comando do Porto.
“Está definido que haja um reforço imediato no comando do Porto, existe uma psicóloga a tempo inteiro, o que é notoriamente insuficiente. Depois vamos colocar os psicólogos em Viana do Castelo e Braga”, disse, adiantando que vão ser colocados de forma faseada.
“Vamos ter uma regra. Tanto quanto possível colocar pessoas no mais breve espaço de tempo possível nos comandos com o maior número de elementos policiais e nos comandos onde podemos esperar casos de maior relevo para que possa haver um profissional a atender as necessidades mais prementes dos elementos policiais”, disse.
Fernando Passos ressalvou que há comandos que podem ter mais do que um psicólogo, enquanto outros podem ter ao dispor o mesmo especialista.
“Há comandos que, pela sua dimensão em termos de pessoal, não justificam a permanência a tempo inteiro de um psicólogo. Há que optimizar os recursos humanos e colocar uma mesma pessoa num ou dois comandos”, afirmou.
CMP.
Lusa/fim