Turismo: Alentejo aposta em 2010 na gastronomia e vinhos e no turismo cultural e paisagístico
A área da gastronomia e dos vinhos e o turismo cultural e paisagístico vão ser, em 2010, duas das grandes apostas da Turismo do Alentejo, que quer produtos turísticos “de qualidade” que aproveitem as potencialidades da região.
“Não há turismo sustentável sem produtos turísticos sustentáveis e com qualidade. Vamos dedicar especial atenção e esforço financeiro para podermos dotar a região de produtos turísticos consolidados”, afiançou ontem Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT).
O responsável pela Turismo do Alentejo falava aos jornalistas em Évora, numa conferência de imprensa para apresentar as grandes linhas de orientação que vão reger a actuação daquela ERT no próximo ano.
O plano de actividades para 2010, com um orçamento global de 6,4 milhões de euros, é “ambicioso”, segundo Ceia da Silva, e envolve várias iniciativas, algumas das quais para concretizar numa óptica plurianual.
Ao nível dos produtos turísticos estratégicos para a região, o “touring” cultural e paisagístico vai merecer especial atenção, com a criação da Rota dos Mármores (Estremoz, Borba, Vila Viçosa, Alandroal e Sousel) e da Rota do Turismo Mineiro (nos concelhos alentejanos da Faixa Piritosa Ibérica).
“Pretendemos que sejam rotas implementadas em parceria com operadores turísticos privados e empresas de animação, para que não existam apenas no papel, mas possam ser vendidas”, frisou Ceia da Silva.
No mesmo âmbito, vai avançar a acção “No Alentejo Há Mais Cultura e Património”, em parceria com várias entidades e cujo objectivo é, através do mecenato, voluntariado e estágios profissionais, “criar linhas de abertura e racionalizar horários dos locais de interesse histórico, monumentos e museus da região, consoante o tipo de público e a época do ano”.
Quanto à gastronomia e aos vinhos, que são também “produtos decisivos para o Alentejo”, a ERT quer juntar os vários parceiros que operam na área para criar uma “grande Rota da Gastronomia e Vinhos” que aglutine a actual oferta dispersa.
Desta forma, esse novo conceito poderia juntar as actuais rotas dos Vinhos, dos Sabores ou dos Azeites num único produto turístico, associando-o também ao que o presidente da ERT classificou como “roteiros de turismo agrícola”.
“Há um conjunto de actividades agrícolas, como a tiragem da cortiça, a colheita da azeitona ou a ceifa, que pode ser dimensionado para o turismo e aproveitado pelas empresas e operadores do sector”, defendeu.
Além de pretender ainda que a região capte mais congressos e reuniões, a ERT quer ainda continuar a apostar no turismo de natureza, sobretudo nas zonas com parques e reservas naturais, criando em 2010 percursos específicos, de BTT, pedestres e de “birdwatching”.
O presidente da ERT adiantou ainda que a região vai acolher “três grandes eventos” no próximo ano: o I Congresso de Turismo do Alentejo, de 19 a 21 de Março, em Beja, um “grande festival internacional de gastronomia”, de 02 a 09 de Maio, em Évora, e o seminário “No Alentejo Há Mais Cultura e Património”, em Outubro, Portalegre.
RRL.
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