Évora: Apenas PSD apresenta propostas para orçamento municipal, CDU desconfia da origem das receitas

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evoraÉvora, 19 Jan (Lusa) – O PSD foi a única força da oposição na Câmara de Évora, liderada pelo socialista José Ernesto Oliveira, a apresentar propostas para o orçamento municipal para 2010, defendendo uma redução da despesa, através da reorganização dos serviços.

A CDU, por sua vez, não apresentou, até hoje, qualquer contributo para o documento, alegando que os dados entregues pelo presidente da Câmara são insuficientes, disse hoje à agência Lusa o vereador comunista Eduardo Luciano.

“Recebemos as propostas relativas às despesas, mas falta a indicação relativamente à origem da receita e o texto que enquadra as grandes opções do plano”, adiantou, afirmando que “sem esses elementos seria muito difícil fazer uma avaliação global” do documento.

Eduardo Luciano considerou ainda que “um orçamento de 83 milhões de euros (proposto pelo presidente socialista da câmara) é extremamente empolado”, exigindo “saber qual a origem previsível da receita para perceber se é um orçamento exequível ou se são apenas previsões que não têm qualquer tipo de ligação com a realidade”.

Já o vereador do PSD António Costa Dieb propôs a “reorganização dos serviços, com a definição clara de prioridades para um orçamento a rondar os 50 milhões de euros”.

Para o vereador social-democrata, “o orçamento proposto pelo presidente do município, que prevê uma despesa superior a 80 milhões de euros, é absolutamente incomportável, tendo em conta o histórico da receita da Câmara”.

Dieb apresentou como propostas a recuperação do centro histórico, o arranque da construção do parque desportivo, do salão central e da circular nascente, assim como a instalação de um balcão único e o desenvolvimento de um portal ambiental do município.

Também em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, afirmou que “rigor e ambição são as duas características” do orçamento da autarquia para 2010, que ronda os 83 milhões de euros.

“É um orçamento que, por um lado, dá resposta ao rigor e à contenção com que temos de enfrentar o presente. Por outro lado, não deixa de revelar ambição, uma vez que há investimentos estruturantes que a cidade tem de fazer”, considerou.

O presidente do município alentejano explicou ainda que, em anos a seguir às eleições autárquicas, a data limite de aprovação do orçamento autárquico é de 30 de Abril, mostrando-se convicto que o documento seja aprovado na próxima reunião pública de Câmara, marcada para dia 27.

“Vamos aprovar o orçamento, em princípio, ainda durante o mês de Janeiro e a Assembleia Municipal vai aprová-lo em Fevereiro”, afirmou, adiantando que “o orçamento deste mês tem por referência o duodécimo equivalente a Janeiro do ano passado”.

SYM.

Lusa/Tudoben

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