PME: Portugal no “mapa” mundial” da iluminação graças a empresa alentejana

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mora_notMora, Évora, 20 Jan (Lusa) – Uma empresa alentejana, a Arquiled, colocou Portugal no mapa dos produtos com tecnologia LED, que diz ser a luz do futuro, e quer este ano duplicar a facturação, para seis milhões de euros, com a aposta nas exportações.

Com projectos já realizados em Espanha, França e Alemanha, esta Pequena e Média Empresa (PME) quer “dar continuidade” ao trabalho na Europa e “abraçar os mercados dos Balcãs, do Brasil e da África do Sul, através de parcerias estratégicas”, segundo Rafael Santos, administrador da empresa.

“Este é o ano da internacionalização”, disse hoje à agência Lusa Rafael Santos, que gere a empresa, criada em 2005 e “herdeira” da antiga LEID, que já existia em Mora (Évora) e produzia equipamento de controlo cénico.

A facturação, em 2007, foi de 849 mil euros e, no ano passado, superou os três milhões de euros, tendo o número de trabalhadores passado de cinco para 19. O objectivo de Rafael Santos, este ano, é atingir cerca de 40 funcionários e duplicar a facturação.

Já a pensar num maior volume de negócios e de encomendas, a empresa está a triplicar a área da fábrica para 750 metros quadrados, salvaguardando ainda a possibilidade de expansão para os mil metros quadrados.

“Temos necessidade de expandir as instalações para que, quando formos solicitados a fornecer equipamento, tenhamos capacidade de produção”, disse o administrador.

A Arquiled cria, desenvolve e produz iluminação para arquitectura, espaços públicos e automóveis com tecnologia Light Emitting Diode (LED), assim como a respectiva electrónica de controlo.

Rafael Santos não hesita em garantir que, apesar do LED ter “40 anos de utilização”, é a “fonte de luz do futuro”, substituta das lâmpadas “incandescentes ou fluorescentes compactas”.

O responsável admitiu que é uma tecnologia “nova e ainda cara”, defendendo que o Governo devia incentivar o uso destes equipamentos.

“No comércio e serviços, que tem uma utilização diária intensiva, o LED tem um investimento com retorno em menos de um ano” e permite “poupar cerca de 80 por cento de energia”, apontou.

O LED tem aplicações no comércio, serviços, espaços públicos, habitações e indústria. Foi aliás a concepção e instalação do Casino de Lisboa que fez nascer a Arquiled.

“Tínhamos uma janela de oportunidade” para “agarrar um mercado emergente”, disse Rafael Santos. A fábrica concebeu depois módulos para obras em centros comerciais, hotéis e lojas.

Hoje, a empresa possui 480 clientes, nacionais e internacionais, e é líder em Portugal neste tipo de tecnologia.

De “olhos postos” no estrangeiro, esta PME quer agora exportar “70 por cento” da produção e vai mostrar-se ao mercado mundial em Abril, numa feira em Frankfurt, Alemanha.

“Em termos europeus, diria que estamos no ‘top 10’ e, a nível mundial, no ‘top 50’, com toda a certeza”, garantiu o administrador.

RRL.

Lusa/Tudoben

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