Cultura: Agentes culturais exigem reforço “urgente” dos apoios para o Alentejo

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Moura, Beja – Três agentes culturais alentejanos reivindicaram o reforço “urgente” para a região dos apoios deste ano do Ministério da Cultura às artes como “única forma coerente” de minimizar a “discriminação” em relação às outras regiões.

mouraEm comunicado conjunto enviado à agência Lusa, o Teatro Fórum de Moura, a Companhia Lendias d’Encantar (Beja) e a Associação 3 em Pipa (Odemira), entre várias “medidas urgentes”, reivindicam um “reforço de 135 mil euros das verbas destinadas à região”.

No entanto, mesmo com o eventual reforço, frisam, a média da verba para cada projecto apoiado no Alentejo continuará a ser “inferior” às das regiões Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo.

Os três agentes culturais reivindicam também a “alteração imediata dos termos” do concurso para os apoios deste ano, “sem prejuízo da calendarização”, que o total de projectos apoiados passe de 29 para 35 e a “alteração do número máximo de projectos a apoiar por área artística”.

As reivindicações surgem após a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, ter-se manifestado na semana passada insatisfeita com a “discrepância” existente entre os apoios anuais às artes para o Alentejo e os previstos para outras regiões, garantindo que vai “alterar” a situação, que já tinha sido contestada por agentes culturais alentejanos.

O grupo Teatro Fórum de Moura enviou mesmo uma carta aberta à ministra da Cultura, que já incluía um apelo para o aumento do financiamento destinado ao Alentejo, a região “mais prejudicada” no concurso deste ano, segundo alega.

Outros agentes culturais da região, contactados pela Lusa, mostraram-se solidários com a posição desta companhia teatral e à qual hoje se juntaram a Companhia Lendias d’Encantar e a Associação 3 em Pipa.

Gabriela Canavilhas prometeu também que a situação “irá ser resolvida de outra forma”, procurando “encontrar outras parcerias, junto dos agentes culturais” da região, que “permitam outras produções e que minimizem esta aparente discriminação” do Alentejo.

Segundo os agentes culturais, “apesar da promessa de alterar a situação, a ministra foi vaga na explicitação de uma solução”, que “deve ser imediata e no âmbito do actual concurso”.

LL.

Lusa/Tudoben

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