Portalegre: Novo bispo diz que combate à desertificação vai ser “maior batalha”
O bispo da diocese de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino Dias, considerou ontem que a desertificação da região vai ser “a maior batalha” que terá pela frente na chefia daquele bispado.
D. Antonino Dias, que falava aos jornalistas momentos antes da sua apresentação aos fiéis como novo bispo daquela diocese, considerou que “a desertificação e os escassos recursos humanos das populações são uma batalha difícil, mas tudo se ultrapassará”.
Durante a homilia que proferiu na Sé Catedral de Portalegre, o novo bispo da diocese de Portalegre-Castelo Branco, centrou o seu discurso na pobreza, deixando um alerta aos governantes para que, de uma forma mais célere, resolvam os casos de pobreza que existem no país.
“Muito mais importante, mais útil e mais eficaz que a preocupação para com a pobreza que se vive, é a verdadeira ocupação em resolver as situações de amargura que no terreno começam a fazer doer a alma por dentro e por fora”.
A posse do novo prelado decorreu na Sé Catedral de Portalegre e contou com a presença de vários responsáveis da Igreja Católica, como do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga.
D. Antonino Dias, que desempenhou funções de bispo auxiliar de Braga, foi nomeado bispo da diocese de Portalegre-Castelo Branco a 08 de Setembro, pela Nunciatura Apostólica.
Natural de Longos Vales, concelho de Monção, D. Antonino Dias, que completa 60 anos a 15 de Dezembro, vai substituir D. José Alves, que em Janeiro fora nomeado Arcebispo de Évora.
O bispo de Portalegre-Castelo Branco é licenciado em Teologia na Universidade Católica Portuguesa e recebeu a ordenação episcopal em Janeiro de 2000 em Viana do Castelo, diocese onde exerceu actividade eclesiástica durante vários anos.
No início da sua carreira eclesiástica, no final da década de 70, D. Antonino Dias foi jornalista na redacção do Diário do Minho, propriedade da diocese de Braga.
Esta é a quinta nomeação de prelados portugueses feita este ano pelo papa Bento XVI, depois das nomeações de D. José Alves, D. Amândio Tomás (bispo coadjutor de Vila Real, com direito a sucessão), D. Joaquim Mendes (bispo auxiliar de Lisboa) e D. João Lavrador (bispo auxiliar do Porto).
HYT.
Lusa/Tudoben