Moura: Prisão preventiva para dois alegados membros de grupo suspeito de carjacking
Moura, Beja – O Tribunal de Moura decretou ontem a prisão preventiva para os dois homens detidos quinta feira que alegadamente pertencem a um grupo suspeito de roubar uma viatura através de carjacking naquele concelho, disse à agência Lusa fonte da GNR.
Os homens estão indiciados, cada um, pela prática de quatro crimes – um de homicídio na forma tentada, um de roubo consumado, um de roubo na forma tentada e um de posse de arma proibida, precisou o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Beja da GNR, major José Candeias.
Segundo o oficial, os arguidos, com idades entre os 20 e os 25 anos, vão aguardar a instrução do processo e o julgamento no Estabelecimento Prisional de Beja.
Além dos dois suspeitos que ficaram em prisão preventiva, do grupo, supostamente constituído por cinco elementos, fazem parte um outro homem, que foi morto quinta feira pela GNR, e outros dois que ainda “se encontram a monte”.
De acordo com o major José Candeias, continuam as investigações da GNR e da Polícia Judiciária para intercetar os dois alegados membros do grupo que estão a monte.
Segundo a GNR, a perseguição ao grupo começou quarta feira à tarde, depois de uma primeira tentativa de carjacking em Barrancos (Beja).
O grupo foi surpreendido por militares da GNR a “assaltar, com recurso a arma de fogo, uma condutora” na Estrada Nacional 258, que liga Moura a Barrancos.
Os suspeitos, ao se aperceberem de que os guardas se aproximavam, “dispararam sobre eles e atingiram a viatura da GNR, na zona do tejadilho junto à janela”, tendo conseguido fugir a pé.
O dispositivo policial iniciou uma operação para os tentar intercetar e, ao início da manhã de quinta feira, a GNR foi informada de outra situação de carjacking, que, segundo disse à Lusa fonte da GNR, foi concretizada na zona de Santo Aleixo da Restauração (Moura).
No âmbito da operação policial, uma patrulha cruzou-se, cerca das 08:30, com a viatura roubada, na qual “seguiam três indivíduos, que novamente ameaçaram os militares com recurso a arma de fogo”.
Ao desobedecerem a uma ordem de paragem, “os militares dispararam sobre o veículo automóvel para o imobilizar, tendo um dos tiros atingido o condutor, que empunhava uma arma na direção do veículo da GNR”.
A GNR conclui que “da ação resultou a morte do suspeito” e os outros dois que seguiam na viatura “acabaram por ser detidos, sem oferecer resistência”.
No interior do veículo roubado, sublinhou a fonte da GNR contactada pela Lusa, foram encontradas “duas armas, uma caçadeira e uma pistola de calibre de guerra”, que foram “apreendidas”.
Quando um elemento das forças policiais dispara e atinge alguém durante as suas funções, a Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) procede à abertura de um processo de averiguações como está estabelecido na lei.
LL/RRL.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Tudoben