Campo Maior: Alto Comissariado anuncia grupo de trabalho para solucionar problema de famílias que vivem em condições precárias

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ciganitos_imgCampo Maior, Portalegre, 09 fev (lusa) – A Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) anunciou hoje a criação de uma comissão de acompanhamento às 49 famílias que vivem em condições precárias junto às muralhas do Castelo de Campo Maior (Portalegre).

“Estamos a constituir um grupo de trabalho, o primeiro passo foi dado hoje com a autarquia local no sentido de definir uma estratégia”, afirmou Rosário Farmhouse, em declarações aos jornalistas, após uma visita às muralhas do Castelo de Campo Maior.

“Vamos arregaçar as mangas e trabalhar. A primeira reunião, bilateral (ACIDI, Câmara de Campo Maior) decorreu hoje, a próxima decorrerá em breve e será já com os outros parceiros no sentido de começarmos a fazer um calendário de ações concretas e de alteração da vida desta pessoas”, disse.

O grupo de trabalho será constituído por diversas entidades, entre as quais, a Câmara de Campo Maior, ACIDI, Segurança Social, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), associações e a população daquela vila alentejana.

As muralhas do castelo de Campo Maior têm registado várias derrocadas nos últimos anos, a última das quais ocorreu na madrugada do dia 05 de janeiro devido ao mau tempo.

A situação está a colocar em risco dezenas de famílias de etnia cigana que vivem em condições precárias junto ao monumento.

Seis das 49 famílias que vivem junto às muralhas já foram abordadas pela autarquia no sentido de serem realojadas em contentores, mas esse quadro foi rejeitado pelos moradores.

A comunidade que habita junto às muralhas do castelo só aceita abandonar o local se todos forem realojados noutra zona daquela vila alentejana.

Na visita que efetuou a Campo Maior, Rosário Farmhouse frisou ainda que o papel do ACIDI neste caso em concreto passa por promover a “mediação, sensibilização e preparação” daquela comunidade para uma nova solução de habitação.

De acordo com a responsável, que elogiou o trabalho da autarquia na tentativa de solucionar aquele problema, todo o processo em redor do realojamento vai ser um pouco “moroso” e passará por várias etapas.

Esta questão foi também sublinhada pelo presidente da Câmara de Campo Maior, Ricardo Pinheiro, que não escondeu a sua satisfação com o resultado da reunião com o ACIDI.

O autarca socialista disse aos jornalistas que vai continuar a trabalhar para que a situação que se vive junto às muralhas do castelo daquela vila alentejana seja invertida.

“Nós temos que dizer basta. Nós temos que assumir a responsabilidade, pois andámos há demasiado tempo a falhar em relação a esta matéria e esta é a altura certa para dar-mos o pontapé de saída para resolver um problema que se vem alastrando”, declarou.

HYT

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Tudoben

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