Beja/PSD: Distritais reclamam nova liderança até final de março
Responsáveis de 13 Comissões Políticas Distritais do PSD reclamaram hoje, em Leiria, uma nova liderança do partido até ao fim do mês de março, sustentando que o PSD e o país precisam dela.
“Queremos uma liderança rápida, até ao fim do mês de março, e por eleições diretas”, afirmou o porta-voz da reunião, o presidente da Comissão Política Distrital de Leiria, Fernando Costa, no final do encontro, onde não estiveram representadas as Distritais de Beja, Bragança, Coimbra, Évora, Faro e Santarém.
Fernando Costa declarou que “o partido precisa de uma liderança credível, forte, quanto antes. Precisa o partido e precisa o país”.
“Queremos que seja nova não só em termos de tempo, mas também reforçada, credível e que dê uma esperança ao partido e, sobretudo, ao país”, reiterou.
O dirigente referiu que a preocupação é mais com o país do que “propriamente com o partido, sendo certo que o partido tem problemas para resolver internamente”.
“É altura de o PSD também resolver os seus problemas internos e aparecer perante o país com uma liderança forte, credível democrática e transparente”, para que “os militantes do partido tenham esperança na direção do partido e para que o país também tenha esperança” na “melhor liderança” do maior partido da oposição, disse Fernando Costa.
O presidente da Distrital de Leiria negou que a ausência de algumas Distritais, como já sucedeu na reunião anterior, neste encontro, que começou depois das 22:00 de terça feira e demorou cerca de duas horas e meia, possa significar uma fragilidade desta iniciativa.
“Alguns não vieram e justificaram. Outros entendem que o contributo que estamos a dar poderia ser dado em sede de Conselho Nacional”, assegurou.
Fernando Costa acrescentou que os presentes querem que o Conselho Nacional, que se realiza sexta feira e que classificou como decisivo, “seja o mais construtivo possível e o mais unânime nas suas decisões em relação àquilo que pensa a grande base do partido”.
Questionado perante a eventualidade da existência de mais candidatos à liderança do partido poder dividir ao invés de unir o partido, Fernando Costa respondeu: “Na minha opinião um candidato seria até pouco. Se aparecerem outros candidatos é salutar”.
O importante, defendeu, é que perante vários candidatos “todo o partido se una à volta de quem ganhar as eleições”.
Fernando Costa sustentou que perante a possibilidade das diretas se realizarem até fim de março, mês e meio para o debate de ideias é suficiente.
“Alguns [candidatos] já estão no terreno, outros que apareçam (…) são pessoas com relevância no partido, com ideias, com currículo, com história, e, portanto, os militantes conhecem-nos”, referiu, considerando dez dias suficientes para a campanha eleitoral.
Hoje, pelas 19:00, uma delegação destas Comissões Políticas Distritais reúne com a presidente do partido, Manuela Ferreira Leite, na sede do PSD.
SYR.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Tudoben