Campo Maior/Mau Tempo/Portalegre: Quatro famílias que vivem em condições precárias ficaram sem teto em Campo Maior

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campo_maior_barracasQuatro famílias que vivem em condições precárias junto às muralhas do castelo de Campo Maior (Portalegre) ficaram ontem sem teto, devido ao mau tempo, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros locais.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Campo Maior, Francisco Canastreiro, adiantou que “o vento forte arrancou as chapas de cobertura de quatro barracas, onde vivem famílias de etnia cigana”, não indicando o número de pessoas afetadas.

Francisco Canastreiro explicou que a ocorrência não provocou outros danos e que a parte técnica e operacional passou para a responsabilidade dos serviços de Proteção Civil da autarquia.

O presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, Ricardo Pinheiro, disse à Lusa que, “se o vento baixar de intensidade, as chapas vão ser repostas e as pessoas vão manter-se no local”.

O autarca adiantou que, “caso o vento forte se mantenha, as pessoas, sobretudo as crianças e mulheres, vão ser realojadas no pavilhão gimnodesportivo” da vila alentejana.

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Portalegre, até às 15:30 de ontem, foi registada no distrito a queda de 31 árvores e quatro quedas de estruturas de construção civil, devido ao mau tempo, sobretudo ao vento forte.

O município de Campo Maior anunciou recentemente que as 49 famílias que vivem em condições precárias junto às muralhas do castelo daquela vila vão ser realojadas até finais do mês de setembro em casas pré fabricadas.

O município indicou que o processo vai ser acompanhado pelos técnicos de ação social da Câmara de Campo Maior e pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI).

As cerca de duzentas pessoas que habitam junto às muralhas do castelo, vão ser realojadas na “zona dos Moinhos de Vento”, na periferia daquela vila.

As muralhas do castelo de Campo Maior têm registado várias derrocadas nos últimos anos, a última das quais ocorreu na madrugada do dia 05 de janeiro devido ao mau tempo.

A situação está a colocar em risco dezenas de famílias de etnia cigana que vivem em condições precárias junto ao monumento.

Seis das 49 famílias que vivem junto às muralhas já foram abordadas pela autarquia no sentido de serem realojadas em contentores, mas esse quadro foi rejeitado pelos moradores.

A comunidade que habita junto às muralhas do castelo só aceita abandonar o local se todos forem realojados noutra zona daquela vila alentejana.

TCA.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Tudoben

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