Beja/Desemprego: Autarcas de Beja defendem subsídio para quem tenha descontado pelo menos seis mes
A Assembleia Municipal de Beja apelou hoje ao Parlamento para alargar o acesso ao subsídio de desemprego a quem tenha trabalhado e descontado pelo menos seis meses no ano que antecede a situação de desempregado.
O apelo surge numa moção enviada hoje à Agencia Lusa e que foi aprovada por unanimidade na última reunião da Assembleia Municipal de Beja e sob proposta do deputado municipal do Bloco de Esquerda, José Pedro Oliveira.
A moção justifica o apelo considerando que “o critério atual de atribuição de subsídio de desemprego, 365 dias de descontos nos últimos dois anos, é demasiado restritivo num contexto de crise, no qual grande parte das ofertas de emprego têm carácter sazonal e não ultrapassam os seis meses”.
Segundo a moção, o desemprego é atualmente “o maior problema nacional, com uma incidência agravada nas regiões deprimidas, como o Alentejo” e em Portugal existem “perto de 600 mil desempregados registados”.
Outros “cerca de 100 mil estão desempregados mas já não constam” nas estatísticas e “centenas de milhares de desempregados não recebem subsídio e sobrevivem, por isso, em condições de pobreza”, refere o documento.
A moção vai ser enviada ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, ao presidente e aos grupos parlamentares da Assembleia da República.
Uma moção idêntica, também proposta pelo Bloco de Esquerda, já tinha sido aprovada pela Assembleia Municipal de Serpa, com os votos a favor da CDU e do Bloco de esquerda, os votos contra do PS e a abstenção do PSD.
Outras duas moções idênticas foram rejeitadas pelas assembleias municipais de Almodôvar, com os votos contra do PSD e a abstenção do PS, e de Odemira, com os votos contra do PS e a abstenção do PSD.
LL.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Tudoben