Portalegre/Energia: Parque Natural da Serra de São Mamede acolhe Observatório Regional para a Energia
O Parque Natural da Serra de São Mamede (PNSSM) vai acolher um Observatório Regional para a Energia (ORE), anunciou a Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo (AreanaTejo), entidade promotora do projeto.
“O ORE surge como uma necessidade de possuir um ponto físico para divulgar os resultados dos trabalhos feitos pela AreanaTejo sobre a carta da energia”, explicou Tiago Gaio, da Areanatejo, em declarações à agência Lusa.
De acordo com o responsável, o projeto vai ser desenvolvido na sede do Parque Natural, situada na Quinta dos Olhos d´Agua, na Portagem, concelho de Marvão (Portalegre).
“O projeto vai estar em funcionamento no final do verão. Em setembro já deve de estar à disposição de todos aqueles que visitam o PNSSM”, declarou.
O ORE vai operar como uma “espécie de quiosque informático” onde vão estar disponíveis vários dados para os visitantes do PNSSM analisarem, uma área lúdica e uma área de informação e sensibilização para os turistas.
“Este projeto vai estar integrado num circuito que o PNSSM está a desenvolver e que abrange outros temas, nomeadamente a água e os resíduos. O tema sobre a energia será da responsabilidade da AreanaTejo”, adiantou.
Segundo Tiago Gaio, o projeto que a AreanaTejo vai apresentar contém um conjunto de informações sobre boas práticas energéticas e ambientais, de sensibilização e ainda dados sobre energias renováveis com a respetiva explicação teórica de cada uma dessas vertentes.
O quiosque do ORE vai também acolher uma área dedicada ao público mais jovem, com vários jogos interativos e informações sobre a região, bem como as iniciativas que estão a ser desenvolvidas nesta mesma zona sobre a componente das energias renováveis.
O ORE, que contou com um investimento de 40 mil euros, está inserido no projeto “Norte Alentejo Sustentável”, financiado pelo Programa Operacional Regional do Alentejo (InAlentejo).
No entanto, Tiago Gaio explicou ainda que a AreanaTejo e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), entidade que tutela o PNSSM, têm em curso um outro projeto de “continuidade” dirigido à gestão florestal.
“Vamos criar um plano de gestão florestal da área de intervenção do PNSSM com o objetivo de manter a mancha florestal definida e que tenha como contributo a absorção de CO2 (dióxido de carbono). Este projeto está inserido no projeto Norte Alentejo Mais Sustentável”, revelou.
Através deste projeto, explicou ainda o responsável, haverá um “contributo para a neutralidade carbónica da região, em conjunto com a questão relacionada com os consumos de energia” auferidos naquela zona do Alentejo.
Ambos os projetos (ORE e Gestão Florestal) contam com um investimento de cerca de “400 mil euros”.
A AreanaTejo foi criada em 2002, no âmbito de um trabalho em conjunto entre as quinze autarquias que compõem o distrito de Portalegre.
HYT.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Tudoben