Crime/Elvas: MP pede prisão efectiva para homem que esfaqueou até à morte

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Foto: CME
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Elvas, Portalegre – O suspeito de ter esfaqueado até à morte um homem numa rua de Elvas rejeitou hoje qualquer intenção de cometer o crime, cometido depois de uma discussão entre os dois envolvidos.

Na primeira sessão do julgamento, Cristiano Nunes, de 37 anos, confirmou a autoria do crime mas negou que tenha abordado a vítima já com um plano prévio.

“É verdade que usei a faca para o matar, mas foi sem intenção. Nós encontramo-nos e brigámos e depois aconteceu o pior”, afirmou o arguido perante a juíza do Tribunal de Elvas.

“Eu queria assustá-lo, mas não matá-lo. Ele andava a ameaçar a minha mulher”, justificou.

Hoje, na primeira sessão do julgamento, o Ministério Público pediu que o arguido fosse condenado por homicídio qualificado pelo crime cometido em agosto do ano passado, podendo incorrer numa pena de prisão entre os três e os 25 anos.

Os familiares da vítima, a viúva e dois filhos (um dos quais menor), pedem uma indemnização superior a cem mil euros pelos danos causados.

A vítima mortal, António Gago, então com 42 anos, foi atingido com cinco golpes de faca na zona do coração e abdómen.

Em declarações à Lusa, João Bugio, advogado que representa Cristiano Nunes, considerou que “não é fácil fazer a defesa de um arguido que vem acusado de um crime qualificado”.

No entanto, “a defesa está a decorrer como prevíamos. Não há dúvida que houve um crime passional. Foi um momento de fúria que levou o arguido a cometer este crime. Ele está consciente do crime que cometeu e esperemos que o tribunal leve em conta o seu arrependimento”, acrescentou.

No processo foram arroladas mais de vinte testemunhas. A sessão vai decorrer na parte da tarde.

AYRM.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico ***

Lusa/Tudoben

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