Odemira: Recuperação de casa de férias da fadista é prioridade da Fundação Amália
A recuperação da casa de férias da fadista, no Litoral Alentejano, constitui uma “prioridade” da Fundação Amália Rodrigues, que rejeita o “abandono” da propriedade e projeta atividades culturais para o local.
A propriedade de Amália no Brejão (Odemira) vai ser alvo ainda este ano de obras de recuperação, assegurou hoje à Agência Lusa o administrador da Fundação, Américo Lourenço, garantindo que “não está ao abandono”.
“O inverno foi longo e agravou um bocadinho o aspeto exterior”, reconheceu, destacando que no interior a casa está “preservada tal como Amália deixou”.
Américo Lourenço colocou a hipótese de colaborações com outras entidades nesta causa, falando em “parcerias com entidades públicas e privadas”, nomeadamente para a “implementação de atividades culturais no local”.
Não querendo desvendar para já o que a Fundação vislumbra para a Quinta do Brejão no futuro próximo, disse apenas que os projetos “só na altura certa serão divulgados”.
O administrador lembrou que existem “muitas limitações” ao que se pode fazer no local, uma vez que se encontra dentro de uma área protegida – Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina -, não sendo permitida a construção.
“Iremos preservar a memória de Amália, o lugar, e procurar para ali projetos viáveis economicamente”, assegurou, afirmando que a Fundação precisa de “apoios”.
Lembrou ainda que qualquer projeto a desenvolver no local “interessaria a todos os municípios da região e, em primeiro lugar, à Câmara de Odemira”.
O estado atual da propriedade levou Mário Rui, um fã da fadista, a criar em março um grupo no Facebook para “salvar a casa de Amália no Brejão”, que superou os três mil membros em menos de um mês.
O fundador do movimento encontrou-se quarta feira com a administração da Fundação Amália, onde foi informado dos projetos para a casa de férias na Costa Alentejano, tendo-se revelado satisfeito com a “grande abertura” da instituição para “aceitar a colaboração” dos membros do grupo.
Para Américo Lourenço, “a questão não tem qualquer controvérsia”, considerando que “a pessoa que lançou a página no Facebook demonstra boa-fé”, e que quem se inscreve no grupo é porque “gosta da Amália”.
AYN.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Tudoben