Correios: Carteiros em greve entre 26 de abril e 07 de maio contra diminuição das remunerações
Os carteiros dos centros de distribuição postal dos CTT vão entrar em greve a partir de segunda feira contra a diminuição da remuneração mensal.
O dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) Vítor Narciso explicou à Lusa que a greve vai afetar os diferentes centros de distribuição postal entre segunda feira e o dia 07 de maio.
Assim, na segunda feira estarão em greve os trabalhadores dos centros de distribuição dos CTT da Costa de Caparica, Pegões, Grândola.
No mesmo dia, farão greve ao segundo período de trabalho os carteiros dos centros da Nazaré, Braga, Guimarães, Vila Verde, Barcelos, Riba de Ave, Famalicão, Fafe e Lamego.
Na quarta feira, será afetada – segundo o sindicato – a distribuição de correio em Almada, Setúbal, Costa de Caparica, Pegões, Grândola, Braga, Guimarães, Vila Verde, Barcelos, Riba de Ave, Famalicão, Fafe, Lamego, Santarém, Almeirim, Alenquer, Loures, Évora, Beja, Faro e Lisboa.
Nos dois dias seguintes, continuam em greve os carteiros dos centros de distribuição da Costa de Caparica, Pegões, Grândola, Santarém, Almeirim, Alenquer, Loures, Évora, Beja, Faro e Lisboa e juntam-se ao protesto os carteiros da Chamusca.
De 04 a 07 de maio, estão em greve os carteiros de vários centros de distribuição de Lisboa.
O dirigente do SNTCT disse que estas greves têm como objetivo contestar a alteração dos horários dos carteiros, que terá como consequência a diminuição da remuneração mensal.
“Os CTT querem alterar o horário de trabalho e os carteiros vão ter uma perda de remuneração que, nalguns casos, pode atingir os 270 euros por mês. Estamos a falar de trabalhadores que ganham 900 euros por mês”, disse Vítor Narciso.
O dirigente sindical explicou que estas alterações de horários resultam do facto de a distribuição de correio empresarial – que engloba contas da água, luz e telefone – ter saído do grupo CTT para a Mailtec, que presta serviço em regime de ‘outsourcing’.
Vítor Narciso afirma que os trabalhadores contratados por esta empresa “não têm formação”, pelo que prestam “um mau serviço”.
“Em vez de dividirem o correio, espalham-no”, disse.
Na terça feira, todos os trabalhadores dos CTT estarão em greve contra o congelamento dos salários decidido pelo Governo e a privatização da empresa.
“Não queremos o congelamento dos salários e estamos contra a privatização dos CTT, uma empresa que dá lucro e distribui dividendos ao Estado”, defendeu o dirigente sindical.
Na terça feira, “muitas estações de correios vão estar encerradas e muita da distribuição não vai ser feita”, alertou Vítor Narciso.
Os CTT têm cerca de 7.000 carteiros.
CSJ
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***
Lusa/Tudoben