Elvas/Campo Maior: Mancha de algas na Barragem alentejana do Caia não afeta abastecimento público
O delegado de Saúde de Campo Maior, António Campos, assegurou hoje que o abastecimento de água à população do concelho “não está, para já, em causa”, após o aparecimento de algas nas margens da albufeira do Caia.
“A situação está monitorizada e temos a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Campo Maior sob vigilância rigorosa”, disse à agência Lusa, o delegado de Saúde.
A mancha de algas surgiu nas águas da albufeira do Caia na manhã de segunda feira, junto ao parque de campismo daquela vila do distrito de Portalegre.
“A situação mantém-se hoje praticamente igual, o que significa que não se registou um aumento da mancha de algas na albufeira”, contou António Paula Campos.
Do local, foram retiradas amostras que foram encaminhadas para o Laboratório Nacional de Saúde Pública e cujos resultados devem ser conhecidos no início da próxima semana.
O delegado de Saúde de Campo Maior disse suspeitar que se possa tratar de “uma cianobactéria”, ou seja, “uma alga tóxica que aparece em algumas barragens de água parada”.
Entretanto, a Câmara Municipal de Campo Maior proibiu a pesca e os banhos na albufeira.
Em comunicado, o município aconselhou ainda a “que as águas da barragem não sejam utilizadas para atividades agrícolas, até à resolução do problema”.
A Barragem do Caia, a maior do distrito de Portalegre, abastece os concelhos de Elvas, Campo Maior e Arronches.
Aristides Chinita, da Associação de Beneficiários do Caia (ABC) relacionou o aparecimento da mancha de algas com o último inverno chuvoso e o início, agora, dos dias de calor.
“Após muitos anos com a quota da barragem muito baixa e com o enchimento rápido que teve toda aquela zona, em 571 quilómetros quadrados, é natural que muitas matérias inertes ou matéria orgânica, nomeadamente do apodrecimento de raízes, tivessem vindo à superfície da água neste período”, explicou.
AYRM.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Tudoben