Barrancos “não pode ser uma terra esquecida”
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, considerou hoje que a vila raiana de Barrancos “não pode ser uma terra esquecida”, defendendo que as autoridades públicas devem olhar “com mais cuidado” para o futuro do concelho.
“Barrancos não pode ser uma terra esquecida. Barrancos não pode ficar para trás”, repetiu, por diversas vezes, o Chefe de Estado durante a inauguração do cineteatro da vila, onde assistiu a um espetáculo intitulado “Alma Alentejana”, que incluiu a atuação de sevilhanas.
Cavaco Silva referiu-se, em concreto, aos acessos rodoviários a Barrancos, depois de o presidente do município local, António Treno (CDU), ter pedido “desculpa” por o Presidente ter percorrido estradas “impróprias de um país civilizado” para chegar à vila.
“Eu disse que vim de propósito, mas gostaria que pudesse vir mais vezes, se as vias de comunicação fossem um pouco melhores e se o número de curvas fosse bastante reduzido”, respondeu o Chefe de Estado, manifestando esperança que as autoridades públicas “olhem com mais atenção para os acessos rodoviários a Barrancos”.
Cavaco Silva lembrou que Barrancos “não é uma terra de fim, é uma terra de princípio”.
“Quem vem de nascente, é aqui que começa Portugal e começa bem”, enalteceu.
Depois de ter sido aplaudido por dezenas de barranquenhos, Cavaco Silva foi distinguido com a medalha de ouro da vila de Barrancos, entregue pelo autarca local.
Antes, presidiu à cerimónia de inauguração das infraestruturas do Parque Empresarial de Barrancos, a que assistiram também dois autarcas espanhóis, o que foi enaltecido pelo Presidente português.
“Muito bem em tê-los aqui nesta terra de Portugal”, disse Cavaco Silva.
Ainda em Barrancos, o Presidente da República visitou demoradamente a Barrancarnes, que se dedica à produção de presuntos Pata Negra, um produto com Denominação de Origem Protegida (DOP).
MLM/SYM.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***
Lusa/Tudoben