Contrafação: PJ investiga 38 casos de passagem de notas falsas no Baixo Alentejo
A Polícia Judiciária está a investigar 38 casos de passagem de notas falsas no Baixo Alentejo, cujo “maior número” terá sido cometido por um grupo de “pelo menos três homens”, disse ontem à Agência Lusa fonte da GNR.
Entre 01 de Fevereiro e 16 de abril, a GNR detetou 38 casos de passagem de notas falsas, 33 de 20 euros e cinco de 50 euros, em estabelecimentos comerciais dos concelhos de Beja, Cuba, Odemira e Vidigueira, precisou o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Beja da GNR.
Segundo o major José Candeias, a diretoria do Sul da Polícia Judiciária está a investigar os casos, cujo “maior número” ocorreu entre os dias 07 e 16 de abril nos concelhos de Beja, Cuba e Vidigueira e terá sido cometido por um alegado grupo de homens.
A GNR dispõe de “descrições de três homens diferentes” e “alegadamente estrangeiros”, o que “leva a crer” que se trata de um grupo constituído por “pelo menos três homens”, disse.
De acordo com o oficial, o grupo atuava sempre da mesma forma, ou seja, um homem, falando inglês, entrava em estabelecimentos comerciais, sobretudo cafés, pedia uma água, um sumo ou um pacote de batatas fritas, pagava com uma nota de 20 ou 50 euros e saía após receber o troco.
“As notas falsas são de muito boa qualidade”, frisou, sugerindo a todos os comerciantes para, “em caso de dúvida, compararem sempre uma nota suspeita com uma nota verdadeira”.
“Uma nota falsa nota-se logo, porque a marca em filigrana não é de metal”, explicou.
“Até 07 de Abril, a GNR só tinha conhecimento de cinco casos de passagem de notas falsas”, que ocorreram no concelho de Odemira, onde, naquele dia, a força de segurança deteve um homem que tentou efetuar um pagamento com uma nota falsa de 50 euros no mercado municipal da vila.
“O vendedor desconfiou do homem, que se sentiu acossado e desapareceu”, contou o oficial, explicando que a GNR, após ter sido alertada, localizou e deteve o homem no parque de estacionamento de um hipermercado de Odemira e com a nota falsa de 50 euros na sua posse.
Após a detenção, o homem foi ouvido pelo Tribunal de Odemira e saiu em liberdade com Termo de Identidade e Residência, disse.
A GNR “não sabe se o homem está ou não relacionado” com o alegado grupo suspeito da autoria do “maior número” dos 38 casos registados, porque “mostrou a foto do homem a vários lesados” nos concelhos de Beja, Cuba e Vidigueira e “ninguém o identificou”.
LL.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Tudoben