Elvas: PSD e CDS-PP de Vila Boim acusam presidente da Junta de Freguesia de má gestão
Os elementos da oposição na Junta de Freguesia de Vila Boim (PSD e CDS/PP), no concelho de Elvas, acusam o atual autarca, o independente Carlos Nascimento, de má gestão daquele órgão e favorecimento de familiares.
À agência Lusa, Carlos Nascimento, refuta as acusações que lhe são feitas e alega que “é pura especulação”.
Os membros da Assembleia de Freguesia de Vila Boim, eleitos pela coligação MUDE (Mudança para Desenvolver Elvas), que integra o PSD e o CDS-PP, acusam o presidente daquela Junta, eleito pelo Movimento Independente Mais, de alegada má gestão dos dinheiros públicos, de contrair dívidas a fornecedores e alegado favorecimento a familiares.
“A Junta de Vila Boim tem dívidas contraídas, nomeadamente a fornecedores de material de construção civil, no valor de cerca de setenta mil euros. Não posso confirmar com exatidão este montante, porque me é recusado o acesso às contas, mas pelo que apurei rondará esta quantia ”, revelou José Eurico, membro da Assembleia de Freguesia, eleito pelo MUDE.
A aquisição, através de aluguer, de diverso material informático também gera discórdia entre os eleitos.
“O presidente da Junta alugou a uma empresa diverso material informático pelo período de cinco anos. Andamos a pagar por uma coisa que nunca será nossa e por um período de tempo que vai além dos quatro anos do seu mandato”, explicou.
Ainda de acordo com este elemento da oposição, Carlos Nascimento terá alegadamente favorecido um familiar no trespasse de um imóvel, que é propriedade da Junta de Freguesia.
“O último contrato de arrendamento que existe deste imóvel está em nome de um habitante da freguesia, que se encontra doente. Este senhor, por sua vez, solicitou à Junta o trespasse para uma sobrinha. Agora, já como o novo executivo, foi feito um trespasse para a mãe do presidente da Junta, sem que tal assunto tenha sido analisado em Assembleia de Freguesia, e tanto quanto sabemos, o valor mensal da renda baixou para esta nova inquilina”, disse José Eurico.
“As contas da Junta de Freguesia estão todas regularizadas. Todos os fornecedores têm os pagamentos em dia. O que estes elementos do MUDE fazem é pura especulação. São políticas feitas com base na difamação”, respondeu, por seu lado, o autarca Carlos Nascimento.
Relativamente ao material informático, o autarca enumerou as vantagens desta forma de aquisição de equipamentos.
“A Junta estava carente de impressoras e fotocopiadoras. Achei mais vantajoso a aquisição, através do aluguer, por cinco anos deste material com direito à sua manutenção gratuita. Por mês pagamos cem euros pela fotocopiadora a cores”, exemplificou Carlos Nascimento.
No que diz respeito ao imóvel, propriedade da Junta de Freguesia, o independente esclarece que “não há qualquer favorecimento à nova inquilina, que é a minha mãe. A renda não baixou e a Junta a que presido não tem de aprovar o valor do trespasse efetuado”, esclareceu.
AYRM
***Este artigo foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***
Lusa/Tudoben