Joana Leal digna representante de Portugal
No fim-de-semana de 25-26 Out. teve lugar em Romorantin, capital gastronómica da Sologne e cidade francesa a sul de Orléans e de Paris, mais umas jornadas gastronómicas, este ano Portugal foi o país convidado de honra.
Estes tipos de convite são feitos com o objectivo para melhor se conhecer os povos os seus costumes e a sua gastronomia.
Pena que a imagem de Portugal fosse tão simbólica, gastronomia inexistente, artesanato que soube a pouco, artes em geral, zero.
Esta prestação tão pobre foi a de um pais que não sabe aproveitar todas as ocasiões para promover verdadeiramente a sua imagem, apesar da presença na manifestação de diplomatas (sua excelência o senhor embaixador de Portugal em França e o Sr. Cônsul de Portugal em Tours).
De destacar que a organização francesa tudo fez para que as coisas se realizassem como sempre (estas jornadas estão a ser organizadas há 31 anos) neste caso o presidente da associação JGS foi até além do previsto e como sempre para manter a boa imagem da região (que sabe receber os seus convidados) não hesitou em gastar energias e mais uns tostões para que os convidados se sentissem bem e trabalhassem em boas condições.
No meio disto tudo é de salientar a presença muito apreciada da artesã Joana Leal, uma artista Alentejana de Elvas.
Foi com muito orgulho que passei uns momentos felizes junto desta artesã, a traduzir e a beber as suas palavras quando ela falava ás velhinhas que vinham ter com ela e lhe contavam a vida, ensinavam o ponto do anel ou o esquecido. Adorei ouvir a história do lenço da sorte e aquela de numerosos farrapos que a Joana trouxe até terras de França.
Não quero deixar de escrever aqui umas palavras dedicadas à Joana. Com ela vivi um fim-de-semana como poucos vivi estes últimos anos. Fui a sua tradutora por um dia mas mais do que essa função ocasional quero aqui deixar que foi o início de uma amizade que não nasce e morre para dois dias mas é para o presente e para o futuro, tanto para os bons como para os maus momentos.
Provávelmete e pela sua modéstia não irá acredita que foi uma grande mulher nesses dois dias, uma portuguesa digna de representar a sua terra, e o nosso País. Bem-haja Joana.
É de salientar que apesar das dificuldades financeiras (e de saúde) em que vive desde o incêndio do seu atelier na cidade de Elvas, a Joana teve a coragem de por de lado os seus problemas e confirmar rapidamente a sua presença, enfrentando o desconhecido… espírito característico de uma autentica emigrante!…
Com esta mulher os artesãos portugueses foram dignamente representados, o artesanato do Alto Alentejo e de Elvas apreciado e foram feitas honras com justo valor ao seu profissionalismo. Com Joana Leal li mais umas páginas sobre o meu país natal. Com ela cantei Fados da Mariza, da Amália e do Carlos do Carmo lembrando algumas modinhas na última noite.
Hoje longe dessa grande Mulher, falta-me conhecer a sua cidade, cantada por Paco Bandeira “Ò Elvas Ò Elvas, Badajoz à Vista “
Um dia irei a Elvas, ouvirei o palpitar da cidade da minha amiga! Até breve.
Helena P. Machado
parabens joana…
uma verdaeira mulher de armas.
um forte abraço
kikas
Há já alguns anos que não estou em Elvas, mas conheço a obra e o esforço da Joana e além disso tenho o privilégio de ser amigo dela e da família.
Não haverá uma verbazita da Câmara para apoiar esta artesâ e filha da terra?- é que para além do mais ela faz uma pesquisa que mais ninguém se lembrou de fazer; não será de preservar a nossa cultura?
Força e um grande beijinho Joana (e Leca). Zé Luiz