Cronologia do funcionamento das minas de Aljustrel e Neves Corvo

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Cronologia do funcionamento das minas de Aljustrel e Neves Corvo, na região de Beja:

    Setembro de 1991 – O ministério da Indústria e Energia inaugura o projecto de Produção de Concentrados na mina de Aljustrel, cuja reserva ascende a cerca de 170 milhões de toneladas. O plano representa um investimento de 16,5 milhões de contos e uma capacidade de tratamento de 1,15 milhões de toneladas de zinco, chumbo e prata.

   

    Julho de 1993 – Mineiros de Aljustrel concentram-se junto ao Ministério da Indústria para pedir a reabertura da exploração. O produção está suspensa há meses pela descida acentuada do preço do zinco, que motivou a empresa a entrar em “lay-off” e a manter trabalhadores apenas para serviços mínimos ambientais e de manutenção do complexo.

   

    Maio de 1995 – Trabalhadores de Aljustrel rejeitam um protocolo proposto pela administração da empresa Pirites Alentejana (gestora da mina) para o reinício da laboração, por não verem satisfeitas as suas reivindicações.

   

    Março de 1996 – O Ministério da Economia garante publicamente que não vai haver despedimento colectivo nas minas de Aljustrel, mas antes uma “redução do volume de emprego por mútuo acordo”, enquadrada no plano de viabilização da Pirites Alentejanas.

   

    Julho de 1998 – Três centenas de pessoas, incluindo mineiros de Aljustrel e familiares, reclamam a reabertura das minas junto à residência oficial de São Bento, em Lisboa, protestando também contra o congelamento dos salários dos antigos mineiros.

   

    Dezembro de 2000 – Trabalhadores das minas de Neves Corvo, explorada pela Somincor, cumprem 16 dias de greve para pedir aumentos salariais, o fim da laboração contínua e o arquivamento de processos disciplinares impostos a 72 mineiros, que incluem suspensões sem vencimento.

   

    Dezembro de 2001 – A Eurozinc compra a Pirites Alentejanas, prometendo concretizar a retoma da extracção em Aljustrel.

   

    Maio de 2006 – O Ministério da Economia anuncia a aprovação de um investimento superior a 76 milhões de euros para a reactivação das minas de Aljustrel, um projecto que criará mais 100 postos de trabalho. A reabertura é formalizada pelo primeiro-ministro, José Sócrates, dias depois.

   

    Novembro de 2006 – A canadiana Eurozinc, proprietária das minas de Neves-Corvo e Aljustrel, e a sueca Lundin Mining fundem-se, motivando uma nova empresa com 1.500 funcionários.

   

    Dezembro de 2006 – Uma delegação de mineiros de Aljustrel concentra-se junto à residência oficial do primeiro-ministro no Dia da Natal, para exigir aumentos salariais e a admissão de novos trabalhadores, conforme “prometido pelo Governo”.

   

    Janeiro de 2008 – O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira exigiu hoje a contratação de 300 mineiros para garantir a reactivação da exploração nas minas de Aljustrel, que estão há um mês a processar minério em fase experimental.

   

    Maio de 2008 – As minas de Aljustrel retomam a produção comercial, com uma capacidade anual de tratamento de 1,8 milhões de toneladas de minério. O grupo Lundin Mining anuncia projectos de 242,5 milhões de euros para a indústria mineira.

   

    13 de Novembro de 2008 – A Ludin Mining anuncia a suspensão da extracção e produção de zinco nas minas de Neves Corvo e Aljustrel, até que haja uma recuperação dos preços daquele metal no mercado.

   

    ROC.

    Lusa/Tudoben

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