Jogadores do União de Santiago do Cacém recolhem apoios fazer face a dívidas
Os jogadores do União de Santiago do Cacém, da 1/a divisão da Associação de Futebol de
Setúbal, estão a recolher apoios para tentar regularizar dívidas do clube aos atletas, na sequência de um impasse directivo.
“O presidente da direcção diz que vai sair, mas ainda não apresentou as contas, nem marcou eleições”, explicou à agência Lusa o capitão da equipa, Paulo Romão, lamentando que a situação se “arraste há vários meses”.
Segundo o atleta, o clube “não tem acompanhamento de ninguém. É uma equipa de futebol sem ter um director para acompanhar a equipa”.
“As únicas coisas que a direcção tem assegurado são a marcação dos jogos e o transporte, normalmente cedido pela câmara municipal”, disse.
Perante a situação, os jogadores, alguns “com mais de quatro meses de subsídios em atraso”, começaram a recolher apoios junto do comércio local.
“Estamos a recolher apoios, em forma de patrocínio, junto do comércio local e das pequenas empresas, para fazer face às dívidas que o clube tem para connosco”, disse o capitão de equipa.
“Havendo uma direcção em exercício, nós não temos poderes para gerir”, salientou.
Paulo Romão garante, no entanto, que “os atletas continuam a treinar e a jogar”, porque “são pessoas que estão ligadas ao clube há muitos anos e não conseguem deixar o União”.
“Fizemos uma semana de greve, para pressionar a direcção do clube, mas não teve efeito”, disse.
O capitão do clube alentejano espera que as eleições para os órgãos directivos sejam marcadas “o mais rápido possível e que apareça alguém que tente fazer alguma coisa pelo clube”.
Apesar da situação que atravessa, o União de Santiago do Cacém venceu em casa, no passado fim-de-semana, o líder da 1/a divisão distrital da Associação de Futebol de Setúbal, o Sesimbra, por 1-0.
“Não é por esta situação que deixamos de ganhar jogos”, afirmou.
A agência Lusa tentou contactar o presidente da Direcção do União Sport Club de Santiago do Cacém, mas as várias tentativas revelaram-se infrutíferas até ao final da tarde desta sexta-feira.
SYM.
Lusa/Tudoben