Portalegre: Paralímpico Luis Gonçalves, medalha prata 400 m T12, recebido por dezenas de amigos e familiares

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“Ninguém pára o Luis, olé”, “Campeão, campeão”, foram as palavras com que as dezenas de amigos e familiares de Luís Gonçalves, medalha de prata nos 400 metros, T12 dos Jogos Paralímpicos Pequim2008, o saudaram à chegada ao Aeroporto de Lisboa.

    O jovem de 20 anos, natural de Alagoa, Portalegre, foi o único dos sete portugueses medalhados em Pequim que regressou no primeiro de três voos em que se desloca a comitiva portuguesa.

    À chegada, amigos e familiares brindaram-no com uma recepção efusiva e não pararam de gritar o seu nome, com os passageiros que se encontravam no Aeroporto a não ficarem indiferentes a tamanha manifestação de alegria.

    “Quero agradecer a todos, aos meus pais, à minha namorada, à minha humilde aldeia de Alagoa”, começou por disser Luís Gonçalves, emocionado.

    Para o atleta a sua estreia paralímpica foi “bastante positiva”, considerando que o trabalho e o esforço “foi recompensado”.

    Visivelmente emocionado, o atleta contou que a experiência em Pequim foi muito boa, fez novas amizades e que a competição foi bastante “saudável e amigável”, prometendo que a sua carreira já está lançada para 2012.

    “Quando ganhei a medalha senti muita emoção. Há muita competição. Pensa-se que o desporto adaptado está a fraquejar mas bateram-se muitos recordes mundiais…”, sublinhou o atleta.

    Luís Gonçalves explicou ainda o que sentiu quando lhe contaram que afinal não tinha ganho a medalha de bronze mas sim a de prata, beneficiando da desqualificação do seu adversário chinês:

    “Estava à espera da cerimónia de entrega de medalhas quando me avisaram e tive uma explosão de alegria. Sabia que não ia ouvir o hino nacional, mas estou muito orgulhoso. Sei que fiz o meu melhor, assim como os meus colegas”, contou.

    Muito emocionado, com as lágrimas prestes a cair, Luis Gonçalves enalteceu as qualidades do colega Carlos Lopes, que nestes Jogos Paralímpicos anunciou o final da sua carreira de 20 anos, agradecendo ao seu mentor.

    “É um atleta magnífico, ao fim de 20 anos não deixa de ser um grande atleta, não é por nestes jogos não ter tido resultados tão bons que as coisas mudam”, testemunhou.

    E continuou: “Na preparação para o Europeu de atletismo de Assen2006 contraí uma lesão na coxa e pensei em desistir, mas foi o Carlos que me levou a lutar pelos meus sonhos e naquilo em que acredito. Se não fosse ele não estaria aqui neste momento”.

   

    RCP.

    Lusa/Tudoben

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