XXXIII Festival de Folclore em Montargil

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Nota de Imprensa:

festival_folclore

Dia 14 de Julho—21,3º

Polidesportivo da Zona Verde do Laranjal

Organização de Rancho Folclórico de Montargil/Grupo de Promoção

A exemplo de anos anteriores e pela sua representatividade ,os grupos participantes são garante de uma  verdadeira “Mostra de Cultura Tradicional”.E  é  preciso, é fundamental, que os centros decisórios do mundo da cultura ,saibam neste âmbito quem defende os valores identitários ,onde se   escreve com verdade  a História das nossas gentes de antigamente.

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Do Douro Litoral vem o Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Fermêdo e Mato, que nos vai fazer certamente recuar aos tempos imemoráveis em que os seus habitantes viviam do amanho da terra, do abate de árvores e da criação de animais, actividades agrícolas que marcaram profundamente a maneira de ser e de sentir das suas gentes. As sementeiras, as sachas, os linhares, as esfolhadas e espadeladas, eram trabalhos que uniam as gentes da aldeia numa conjugação de esforços colectivos, transformando a vida campesina numa acção de religiosidade. Os cantares durante os trabalhos sedentários, os folguedos no terreiro ao Domingo à tarde e as romarias  que se tornaram manifestações tradicionais do povo ,e hoje  são verdadeiros tesouros do nosso Património Cultural.

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Temos a seguir a Estremadura, mais concretamente a  região Centro, sub-região do Oeste,que nos envia através do  TÁ-MAR da Nazaré,    toda a sua vivência de um povo que é um  permanente “encontro “ com o mar e com a pesca .Todo o  repertório  deste Grupo nos  fala do mar e do pescador da Nazaré, em homenagem aquele que no dia a dia, se bate com o seu traiçoeiro companheiro de todos os dias, umas vezes ganhando e outras, infelizmente perdendo.

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Ribatejo. Na vasta lezíria ribatejana, rematada pela serra, mancha cinzenta a debruar as terras do sul, de casario branco a sobressair na paisagem verde dos seus vinhedos situa-se ALMEIRIM. Vista de qualquer lado é terra baixa, ribeirinha, polvilhada aqui e ali, por manchas de arvoredo que dão frescura e convida a uma visita. A etnografia e o folclore têm raízes profundas na vida rural, é por isso o Ribatejo das vindimas, das searas, das ceifas, dos olivedos e da mondas, e que tanto reflecte a melodia poética que vem do lado do rio, como transporta à cavalgada impressionante de um Campino, pampilho ao alto, figura indómita que domina a lezíria.

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E chegamos a Montargil, a terra anfitriã. Alto Alentejo, mas essencialmente uma zona de transição cujo povo e segundo um historiador e sociólogo ,é a  junção  da alma alentejana com a riqueza da charneca ribatejana. Mas não só, acrescento eu.

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E temos assim quatro “identidades” que nas diferenças se afirmam. E a maneira como trajam, como cantam e como bailam é também a expressão  do que aqui dissemos .Pode-se gostar mais ou menos deste ou daquele grupo ,mas é impossível dizer qual o melhor pois que não se pode comparar o que não tem comparação.

LM

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