40 obras de Moita Macedo no Museu de Arte Contemporânea em Elvas
O Museu de Arte Contemporânea de Elvas recebe, a partir de 27 de julho, domingo, a exposição temporária do artista plástico Moita Macedo, Moita Macedo /Agora venho de outras partes, no piso 1 do Museu de Arte Contemporânea de Elvas.
A mostra é inaugurada nesta data, pelas 18 horas, numa organização da Câmara Municipal de Elvas e é dedicada a este reconhecido artista, incluindo desenhos, pinturas e poemas, num total de quarenta obras e tem como curador António Franco, Diretor de Museu Estremenho e Iberoamericano de Arte Contemporânea de Badajoz (MEIAC).
Para além das obras apresentadas na exposição, o catálogo publicado para a ocasião inclui textos e ensaios críticos pelo Professor Mario Avelar e Tomás Paredes, presidente da Associação Espanhola de Críticos de Arte (AICA/EUA).
Moita Macedo (1930 Benfica de Ribatejo – Lisboa 1983) foi uma das principais figuras do panorama cultural e artístico de Portugal, desde o início dos anos sessenta. Em 1963 conheceu Almada Negreiros, cuja amizade manteve por algum tempo na Gravura Cooperativa. Em 1965, conheceu Artur Bual que exerceu uma influência significativa na sua carreira. Entre 1972 e 1974 dirigiu e expôs nas galerias Futura e Opinião. Por esta altura, manifesta em textos e opiniões oposição à ditadura. Em 1980 organiza com Artur Bual e Francisco Simões a exposição Viagem ao Mundo da Linha e da Forma e da Cor. Só depois de sua morte, foi possível publicar a sua obra literária, tendo sido, desde então, repetidamente, homenageado como um poeta e artista.
Os traços formais e conceptuais que caraterizam o seu trabalho aproximam-no do Informalismo (tendência dominante dos anos sessenta do século passado), dentro do qual não se esgotam as distintas facetas expressivas da sua obra. Inseparável do seu trabalho como artista plástico é a sua escrita poética.
Eurico Gonçalves, António Valdemar, Alice Branco, Maria João Fernandes, Eduardo Xavier, Fernando António Baptista Pereira, são alguns dos ensaístas e críticos que escreveram sobre o seu trabalho, representado de outra forma em algumas das coleções públicas e privadas mais importantes do país.
Uma exposição que vai ficar patente ao público até 28 de setembro no Museu de Arte Contemporânea de Elvas.