Cada português pagou, em média, 235,12 euros em impostos municipais

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Cada português pagou, em média, 235,12 euros no ano passado em impostos municipais, o que representa um aumento de 25,9 por cento em relação à cobrança de 186,81 euros conseguida no ano anterior.

    Dados da Direcção-Geral das Autarquias Locais, a que a Lusa teve acesso, indicam que este aumento significativo resulta da subida do IMI e do IMT recolhidos, cuja receita cresceu 32 por cento e 33 por cento, respectivamente, entre 2006 e 2007. Além disso, no ano passado, a derrama também melhorou bastante, já que depende da cobrança de IRC, cuja receita cresceu 31,2 por cento. 
    As 308 câmaras municipais recolhem junto da população cinco impostos: o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), o Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT), o Imposto Único de Circulação, a derrama, recebendo ainda 5 por cento da receita de IRS.

    O concelho de Vila do Bispo, no distrito de Faro, é o mais rico. Esta autarquia recolheu 1117,35 euros (por cada habitante), mais 105,1 por cento que em 2006. Já o município de Cinfães, em Viseu, é o mais pobre. Cada habitante deste concelho pagou 48,38 euros em impostos locais.

    Quando comparado com os valores de 2006, é de destacar o que se passou com o município de Fronteira, no concelho de Portalegre, que registou o maior acréscimo de impostos locais pagos por habitante.

    Em 2006, a capitação de impostos locais (a soma dos impostos locais a dividir pelo número de habitantes da autarquia) naquele concelho foi de 109,90 euros, passando para 308,82 euros, no ano passado, 181 por cento acima. Esta subida resulta do acréscimo de 450 por cento no IMT cobrado, em resultado do lançamento de um resort turístico de luxo.

    Por outro lado, o concelho de Vila Flor, em Bragança, foi aquele onde houve uma maior quebra nos impostos municipais pagos por habitante, recuando 30,1 por cento. Esta diminuição ficou a dever-se à queda de 68 por cento nas receitas de IMT.

    Entre os 308 municípios, existem 28 que podem ser considerados ricos, ou seja, onde o que cada habitante pagou em impostos locais ficou 125 por cento acima da média nacional. Nesta lista incluem-se fundamentlamente concelhos que vivem do turismo. Incluem-se também aqui a autarquia de Lisboa, Porto, Cascais, Porto Santo entre muitas do Algarve.

    Os cinco mais ricos em 2007 foram: Vila do Bispo, Loulé, Lagos, Albufeira e Óbidos.

    Os mais pobres são 222, onde a capitação de impostos locais ficou 75 por cento abaixo da média nacional (os 235,12 euros). Os municípios remedidados são 58. Trata-se, na maioria dos casos, de capitais de distrito.

    Os cinco mais pobres foram: Cinfães, Baião, Portel, Santa Marta de Penaguião e Corvo.

   

    MMO

    Lusa/Tudoben

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