A exposição “UMA COLEÇÃO = UM MUSEU | 2007-2017” vai ser inaugurada este sábado, 8 de julho, pelas 17 horas, comemorando os dez anos de existência do Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE), instituição que acolhe desde a sua fundação, a 6 de julho de 2007, a Coleção António Cachola.
A mostra tem início no MACE, e vai estender-se a outros espaços da cidade de Elvas,
Para além destes, as obras da coleção António cachola vão estar em exposição em Évora, Almodôvar e Sines, num programa comemorativo que se prolonga até 2018 e integra a apresentação de projetos expositivos no museu, noutros espaços da cidade de Elvas, do Alentejo, Lisboa e Estremadura Espanhola, o lançamento de publicações e a atribuição pela Coleção António Cachola de 10 comissões a 10 jovens artistas para a criação de trabalhos inéditos.
Neste âmbito, as atividades tiveram início em abril deste ano, com a inauguração das exposições “JOSÉ PEDRO CROFT – Ciclo Coleção António Cachola | MACE”, que se mantém patente até dia 15 de julho no Chiado 8 em Lisboa, e “TODAS AS NOITES” do artista elvense Rui Serra no MACE.
Atualmente estão também patentes, até dia 30 de setembro a exposição “PELE E PEDRA” de Ana Rito no Forte de Nossa Senhora da Graça em Elvas, até 15 de setembro “IMAGINAR (L)A – EUROCI(U)DAD(E) | MACE E MEIAC” no Edifício Badajoz Siglo XXI em Badajoz e “MACE – 10 ANOS DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE ELVAS”, organizada em dois núcleos – até 15 de julho no Centro Cultural Santo Domingo da Fundação CB em Mérida e até 31 de julho na Capela São João de Deus em Olivença.
A nova exposição temporária, “UMA COLEÇÃO = UM MUSEU | 2007-2017”, tem curadoria de João Silvério e integra num programa de maior amplitude com epicentro na cidade de Elvas. “A criação do MACE é um exemplo nacional de uma parceria entre a esfera pública local e a iniciativa privada, no sentido de criar um equipamento cultural que se desenvolveu no contexto regional, transfronteiriço e ibérico, com dimensão internacional”, destaca o curador João Silvério.
A mostra reúne uma extensa seleção de trabalhos de mais de 30 artistas representados na Coleção António Cachola, ocupando todo o edifício do MACE e também oito espaços da cidade de Elvas: Auditório São Mateus, Cine-Teatro Municipal de Elvas, Biblioteca Municipal, Mercado Municipal de Elvas – Casa das Barcas, Cisterna, Museu Militar de Elvas, Salão Nobre de “O Elvas” CAD e Paiol de Nossa Senhora da Conceição.
Até ao final de julho percorre mais quatro locais no Alentejo, dia 9 de julho inaugura na Fundação Eugénio Almeida em Évora, a 14 de julho no Fórum Cultural de Almodôvar, a 15 de julho no Castelo de Sines e Igreja de Nª. Senhora das Salvas e a 21 de julho no Castelo – Centro Cultural e Igreja do Convento de Nossa Senhora da Estrela no Marvão.
“A exposição pretende dar a ver obras da coleção, que foi a razão essencial para a criação deste museu. A seleção de obras recupera momentos que marcaram esta década, assim como aquisições mais recentes e obras que não integraram até hoje as exposições realizadas no MACE, incluindo instalações trabalhadas com os artistas nos diversos equipamentos da cidade que acolhe o museu”, explica o curador.“Apresenta obras de artistas de várias gerações, privilegiando a cidade que deu corpo a este museu e sendo assim uma retribuição à comunidade que participou nesta década de arte e cultura descentralizadas”, conclui João Silvério.
Nesta exposição estão representado os artistas: André Cepeda, André Guedes, André Romão, André Sousa, Ângela Ferreira, António Júlio Duarte, Augusto Alves da Silva, Bruno Cidra, Carlos Bunga, Daniel Barroca, Diogo Evangelista, Diogo Pimentão, Gabriela Albergaria, Gil Heitor Cortesão, Igor Jesus, Joana Vasconcelos, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, João Queiroz, João Pedro Vale, João Onofre, Jorge Molder, José Pedro Croft, Julião Sarmento, Maria Lusitano, Nuno Cera, Nuno Sousa Vieira, Pedro Barateiro, Pedro Calapez, Pedro Cabrita Reis, Pedro Casqueiro, Priscila Fernandes, Ricardo Leandro & Cesar Engstrom, Rui Calçada Bastos, Rui Chafes, Rui Sanches, Suzanne Themlitz e Vasco Araújo.
Destaque ainda para a atribuição de dez comissões para a criação de trabalhos inéditos a 10 jovens artistas que ainda não estavam representados na coleção, são eles: Ana Santos, Andreia Santana, Claire Santa Coloma, Diana Policarpo, Joana Escoval, Luís Lázaro de Matos, a dupla Mariana Caló e Francisco Queimadela, Mariana Silva, Pedro Marques e Rita Ferreira.
Prosseguindo a visão que destaca a Coleção António Cachola como uma das mais atualizadas e importantes coleções privadas do país, o colecionador celebra a primeira década do museu que acolhe a sua coleção com a atribuição de comissões a artistas com até 35 anos de idade, para a criação de novos trabalhos. A iniciativa é coordenada pela curadora e investigadora Ana Cristina Cachola, que convidou Filipa Oliveira, Curadora do Fórum Eugénio Almeida, e João Laia, Escritor e curador independente, para a seleção dos 10 jovens artistas. Os artistas selecionados vão passar a estar representados na Coleção António Cachola e alguns dos novos trabalhos serão apresentados em exposições do programa 10 Anos MACE.
Para assinalar os 10 Anos da fundação do MACE, a Câmara Municipal de Elvas e a Coleção António Cachola, com a parceria de entidades públicas e privadas, portuguesas e espanholas, como a Fundación Caja Badajoz, Fundação Eugénio Almeida e Galeria Municipal do Porto, promovem um programa comemorativo que estará em curso até 2018. O programa contempla iniciativas temáticas, o lançamento de publicações e projetos expositivos a serem apresentados no MACE, noutros locais da cidade de Elvas, do Alentejo, Estremadura Espanhola e no Porto.
O Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE), instituição com tutela municipal, foi inaugurado em 2007, estando, desde 2015, inserido na Rede Portuguesa de Museus. Instalado num edifício de grande valor patrimonial, numa cidade reconhecida como Património Mundial pela UNESCO, o MACE faz uso do seu posicionamento ibérico estratégico para promover, nacional e internacionalmente, a arte contemporânea portuguesa.
Esta instituição museológica acolhe em depósito a Coleção António Cachola, dedicada, em exclusivo, à produção artística visual portuguesa. Esta coleção, sem balizas disciplinares ou temáticas, conta com mais de 600 obras, dando especial enfoque aos artistas portugueses que começam a produzir na década de 1980, e acompanhando as criações contemporâneas nacionais até aos nossos dias. É considerada uma das mais importantes coleções privadas portuguesas e mantém-se em constante atualização.
CME