Vendas Novas: Autarca insiste em Serviço de Urgência Básica mas ministra “não se compromete”
O presidente do município de Vendas Novas, José Figueira, reafirmou ontem a necessidade de criação de um Serviço de Urgência Básica (SUB) na cidade, apesar de “não haver qualquer compromisso” por parte da ministra da Saúde, Ana Jorge. Em declarações à agência Lusa, no final de uma reunião com a ministra da Saúde, o autarca de Vendas Novas disse |
que Ana Jorge “apenas assumiu o compromisso de melhorar o actual Serviço de Atendimento Permanente (SAP)” da cidade, com a instalação de um serviço de Imagiologia (RX).
José Figueira, que liderou uma delegação de autarcas do concelho de Vendas Novas, ontem recebida em Lisboa pela titular da pasta da Saúde, adiantou que a ministra remeteu para o “próximo ano” eventuais alterações à actual rede de SUB.
Segundo o autarca, a ministra informou que “só após uma avaliação dos pontos de rede de SUB que estão em funcionamento, o que acontecerá no próximo ano, será possível definir alterações a fazer à rede”.
José Figueira considera que, “se já antes se justificava” um SUB em Vendas Novas, com os projectos do TGV – cujo traçado passa pelo concelho – e do novo aeroporto internacional de Lisboa em Alcochete, “ainda mais se justifica”.
No âmbito da requalificação e redistribuição geográfica dos serviços de urgência, o Ministério da Saúde decidiu, no ano passado, encerrar o SAP do centro de saúde de Vendas Novas, responsável pelas urgências, o que suscitou a contestação do município e dos habitantes.
A 28 de Maio de 2007, o SAP foi fechado, mas, no dia seguinte, a Câmara interpôs, junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, uma providência cautelar contra a decisão, da qual ainda não há decisão.
No entanto, o tribunal de Beja emitiu uma decisão provisória que determinava a suspensão do novo modelo de funcionamento do centro de saúde e a reabertura do SAP, o que se concretizou a 15 de Junho.
O Ministério da Saúde deu cumprimento à decisão provisória do tribunal, reabrindo o SAP nas condições em que funcionava antes, e recorreu para o Tribunal Central Administrativo Sul, que reiterou, a 13 de Setembro, a decisão judicial anterior, até ser julgada a providência cautelar.
MLM/RRL.
Lusa/Tudoben