Beja: Estudo propõe estratégias para melhorar a mobilidade da cidade que não tem problemas grave

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Beja, 16 Set (Lusa) – O “combate” ao estacionamento ilegal, através de barreiras físicas, reforço da fiscalização e alteração de tarifários de parquímetros são algumas das propostas de um estudo para “potenciar” a mobilidade de Beja, que não tem problemas graves nesta área.

A cidade “não apresenta problemas graves de mobilidade”, conclui o relatório final do Plano de Mobilidade Sustentável de Beja, que é hoje apresentado e foi realizado, a pedido da Câmara, pela Agência Portuguesa do Ambiente em parceria com o Instituto Superior Técnico.

Além do diagnóstico da situação, o plano propõe medidas para “potenciar” a circulação de peões, veículos e mercadorias no perímetro urbano de Beja, como a resolução de conflitos entre a circulação automóvel e a pedonal, o combate ao estacionamento ilegal e boas práticas de sinalização de orientação para veículos e peões.

Para resolver aqueles conflitos, que “podem reduzir o conforto e a segurança das deslocações a pé”, em especial de peões de mobilidade condicionada, crianças e idosos, o estudo sugere soluções para “acalmia de tráfego”, como “sinalização adequada” ou “modificações do perfil transversal” de ruas, “aumentando a largura dos passeios”, e o combate ao estacionamento ilegal.

Para combater o estacionamento em locais proibidos, em zonas como a rua de Lisboa e a Praça da República, o plano propõe a instalação de barreiras físicas para “impedir” o uso de passeios para estacionar veículos.

O “reforço da vigilância” da PSP é outra das propostas do estudo para evitar o estacionamento ilegal, sobretudo em cima de passeios, por “ocupação indevida de ruas com estacionamento reservado a residentes” ou para cargas e descargas fora dos períodos autorizados.

A “consciencialização dos condutores” para escolherem alternativas legais de estacionamento, sobretudo através de sinais que indiquem, por exemplo, o tempo de viagem a pé até aos parques de estacionamento, é outra das medidas sugeridas pelo estudo para combater o estacionamento ilegal.

Neste capítulo, o plano propõe ainda a “flexibilização do tarifário” do parque de estacionamento da Casa da Cultura e a “alteração do tarifário de algumas zonas de parquímetros” para “limitar o período máximo de permanência” e permitir uma rotação do estacionamento, sobretudo nos acessos a zonas comerciais.

O estudo sugere regras e exemplos de boas práticas a adoptar na sinalização de orientação na cidade para veículos e peões e propõe “processos de participação pública” para discutir “problemas” com as cargas e descargas na zona envolvente à rua das Portas de Mértola, o estacionamento na Praça da República e a inversão de sentido da Rua Aresta Branco.

O plano analisa também os impactos para a mobilidade de Beja decorrentes da expansão urbana prevista no Plano Director Municipal e que incluiu a circular exterior, que liga os itinerários principais 2 e 8, e duas novas urbanizações.

Assim, o estudo salienta “a grande utilidade” da circular exterior devido às “reduções significativas de tráfego no interior” de Beja e alguma transferência de tráfego para as novas zonas da cidade.

A Câmara vai discutir publicamente as conclusões e soluções propostas pelo estudo e avançar com as acções que forem consideradas “prioritárias”, disse à agência Lusa Paula Lança, da autarquia.

LL.

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