Saúde: Cancro digestivo é o mais mortífero e deve ser alvo de campanhas de informação frequentes – oncologista
O cancro digestivo é o tumor que mais mata em Portugal, o que o torna num problema de saúde pública que deve ser alvo de campanhas de informação frequentes, alertou hoje o oncologista Sérgio Barroso.
Tendo em conta este panorama, o Grupo de Investigação do Cancro Digestivo, do qual o director do Serviço de Oncologia do Hospital de Évora é secretário-geral, assinala todos os anos, a 30 de Setembro, o Dia Nacional do Cancro Digestivo.
Em Portugal os cancros digestivos mais frequentes são o do colo-rectal e o do estômago, registando milhares de novos casos por ano.
Segundo Sérgio Barroso, o cancro colo-rectal é responsável por cinco mil novos casos por ano, com uma mortalidade a rondar os três mil casos, enquanto o gástrico tem quatro mil novos casos, com a mortalidade a rondar os três mil.
“Se forem tratados numa fase precoce podem ter cura”, sublinha o médico, explicando que o grupo utiliza o dia nacional para alertar as pessoas para os sinais e sintomas da doença e ainda para a importância do rastreio.
Este ano as comemorações serão assinaladas no Funchal, com a distribuição de brochuras que apresentam o panorama mundial do cancro digestivo.
Factores hereditários, idade superior a 50 anos, pólipos ou doenças inflamatórias intestinais, inactividade física, obesidade, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e diabetes são factores de risco associados ao cancro colo-rectal.
Sintomas como a alteração dos hábitos intestinais, diarreia, obstinação, sangue nas fezes, desconforto abdominal geral, perda de peso, cansaço permanente e vómitos são sintomas e sinais comuns nesta doença que devem ser avaliados por um médico.
GC/SBR.
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