Autárquicas/CDU: Tradicional domínio no Alentejo começou a ser perdido em 2001

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cduO tradicional “domínio” do mapa autárquico do Alentejo pelo PCP, desde as primeiras eleições locais em 1976, começou a ser perdido em 2001, quando o PS ultrapassou pela primeira vez a CDU no total de municípios conquistados.

De acordo com os resultados das últimas quatro eleições autárquicas, desde 1997 até ao acto eleitoral realizado este domingo, consultados hoje pela agência Lusa, o número de câmaras municipais lideradas pela CDU, a partir de 2001, tem vindo sempre a descer.

No global dos 47 concelhos do Alentejo, após as eleições de 1997, o Poder Local da região ainda reflectia uma “esmagadora” maioria comunista, com a coligação liderada pelo PCP a deter 27 municípios, enquanto que o PS geria 17 e o PSD 3.

Mas, em 2001, o PS “pintou” de rosa grande parte da região (distritos de Beja, Évora, Portalegre e Litoral Alentejano), conquistando a maioria em 21 câmaras e ultrapassando pela primeira vez a CDU, que viu o seu número de autarquias reduzido para 19, ficando o PSD com sete.

Desde então, nos dois actos eleitorais seguintes, tem-se mantido a perda de autarquias por parte da CDU.

Em 2005, os comunistas só asseguraram 18, novamente atrás do PS (com 20), ficando o PSD com sete e movimentos independentes com duas.

Já nas autárquicas deste domingo, a CDU passou a liderar apenas 14 municípios, voltando os socialistas a atingir as 21 câmaras, enquanto que o PSD subiu para oito e os movimentos independentes ganharam em quatro concelhos.

Só no que respeita às últimas autárquicas, a CDU perdeu seis câmaras no Alentejo, três das quais antigos “bastiões” partidários, Beja, Aljustrel e Sines, a que se juntaram Viana do Alentejo, Vila Viçosa e Monforte (cinco passaram para o PS e uma para independentes).

Em contraponto, os comunistas recuperaram dois municípios em que, no passado, já tinham sido seus: Alvito e Crato.

RRL/MLM.

Lusa/Fim

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