Alter do Chão: Vitor Barros abandona presidência da Fundação Alter Real
O presidente da Fundação Alter Real (FAR), Vítor Barros, deixou a direção daquele organismo, mas mantém-se como presidente da administração da Companhia das Lezírias (CL), disse hoje à agência Lusa fonte do Ministério da Agricultura.
De acordo com a mesma fonte, “houve a necessidade de fazer um reajuste da estratégia e por entendimento entre o ministro da Agricultura, António Serrano e Vítor Barros, este deixou a presidência da FAR”.
A FAR está a ser alvo de uma auditoria, desencadeada desde o início do ano pela Inspecção-Geral da Agricultura e Pescas, por ordem do Ministério da Agricultura, por alegados atos de má gestão que originaram vários prejuízos à instituição.
A fonte do Ministério da Agricultura garantiu que a saída de Vítor Barros daquele organismo “nada tem a ver” com esse processo e adiantou que as conclusões da auditoria deverão ser conhecidas no decorrer desta semana.
A mesma fonte adiantou à Lusa que Vítor Barros vai manter-se em funções até à próxima assembleia geral da FAR, em data a definir.
A FAR, que gere a Coudelaria de Alter do Chão, foi criada a 01 de março de 2007, após a extinção do Serviço Nacional Coudélico (SNC), no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE).
A FAR, tutelada pela CL, tem como objetivo promover a preservação do património genético da raça lusitana, seja na linha genética da Coudelaria Nacional ou na linha Alter Real, num trabalho que envolve ainda as raças Sorraia e Garrano.
A Coudelaria de Alter do Chão, fundada em 1748 por D. João V, desenvolve, atualmente, trabalhos de seleção e melhoramento de cavalos Lusitanos e na área de investigação, possuindo ainda uma unidade clínica dotada de todos os meios para o acompanhamento e tratamento médico.
As instalações da Coudelaria de Alter do Chão albergam também um pólo da Universidade de Évora, um espaço dedicado à formação profissional e infraestruturas hípicas e desportivas bem como um laboratório de genética molecular.
O turismo temático e ambiental e a falcoaria são outras das áreas que fazem parte do dia a dia da estrutura alentejana.
HYT.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Tudoben