Ambiente: Secretário de Estado destaca “revolução tranquila” no sector
O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, considerou ontem, no Alentejo, que o sector tem vivido “uma revolução tranquila, mas ao mesmo tempo vasta”, ao fazer um balanço da actual governação.
“Mais de três anos depois de iniciar funções, é hora de fazer um balanço e podemos dizer que esta área passou por uma revolução tranquila, mas ao mesmo tempo vasta”, declarou Humberto Rosa, na inauguração na primeira Central de Valorização Orgânica do Alentejo, entre Avis e Fronteira (Portalegre).
Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU’s), o regime jurídico do sector dos resíduos ou a erradicação de sucateiras ilegais foram algumas das medidas apontadas pelo governante como exemplos das políticas realizadas.
Declarações que serviram de enquadramento à inauguração da primeira Central de Valorização Orgânica do Alentejo, criada para transformar resíduos biodegradáveis em adubos orgânicos.
A propósito da valorização orgânica, Humberto Rosa revelou que há cerca de “130 milhões de euros disponíveis” no Programa Operacional de Valorização do Território (POVT) para esta finalidade.
Perante uma plateia composta por autarcas, empresários e representantes de vários institutos públicos ligados ao Ambiente, o secretário de Estado defendeu que “potenciar o envolvimento dos agentes privados nesta matéria faz parte de uma estratégia de sustentabilidade”.
Humberto Rosa defendeu também a “necessidade de extrair o máximo valor possível dos resíduos”.
“É preciso diversificar as soluções, porque acabou o tempo do petróleo barato”, sentenciou.
A Central de Valorização Orgânica, ontem inaugurada, está inserida na empresa multimunicipal Valnor, responsável pela gestão e tratamento dos resíduos sólidos provenientes dos 19 concelhos da sua área de influência.
A central irá transformar a matéria orgânica resultante dos RSU’s num produto final, denominado composto, sendo este higienizado e suficientemente estabilizado de modo a ser assimilável pelas plantas.
Os responsáveis estimam que a infra-estrutura possa captar cerca de 60 por cento dos resíduos orgânicos que, actualmente, são depositados no aterro (60 mil toneladas/ano).
Prevê-se que a central tenha capacidade para produzir cerca de dez toneladas/ano de adubo normal e seis de adubo para fins agrícolas.
O projecto tem um valor total de 18 milhões de euros, sendo comparticipado em cerca de metade por fundos comunitários.
A primeira fase está concluída e custou cerca de 12,5 milhões de euros, tendo sido celebrado hoje o protocolo para o financiamento da segunda fase, cuja conclusão está prevista para o primeiro trimestre de 2009.
No plano do emprego, foram criados 32 postos de trabalho, prevendo-se que este número possa atingir os 50.
O presidente do Conselho de Administração da Valnor, Rui Nobre Gonçalves, adiantou que, “em 2009, a empresa terá cerca de 150 postos de trabalho”.
TYA.
Lusa/Tudoben