Autárquicas: Freguesia de Mértola volta a votos após renúncia dos eleitos do PS

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mertolaMértola, Beja  – Os eleitores da Freguesia de Mértola vão voltar às urnas para escolherem uma nova Assembleia, após os eleitos do PS terem renunciado aos mandatos por falta de acordo com a oposição para escolha dos dois vogais da junta.

Os eleitos do PS renunciaram aos mandatos após a oposição, os eleitos da CDU e do Movimento Independente de Mértola (MIM), ter “rejeitado três propostas da presidente da Junta para os dois lugares de vogais, inviabilizando a governabilidade da Junta”, explicou  à agência Lusa o presidente da concelhia de Mértola do PS, Mário Martins.

Nas eleições autárquicas do passado dia 11 de Outubro, a lista do PS, a que conseguiu mais votos, elegeu quatro elementos à Assembleia de Freguesia de Mértola, a CDU outros quatro e o Movimento Independente de Mértola (MIM) um elemento.

No dia da tomada de posse da nova Assembleia de Freguesia de Mértola, a cabeça de lista do PS e eleita presidente da Junta, Maria Fernanda Romba, “propôs dois vogais da sua lista para formar o executivo da Junta”, contou Mário Martins.

“A proposta foi rejeitada pela CDU e pelo MIM”, acrescentou, referindo que a presidente da Junta “apresentou uma segunda proposta, na qual abdicou de um elemento da sua lista, propondo, em alternativa, um eleito da CDU”.

“A segunda proposta foi também rejeitada”, pela CDU e pelo MIM, disse, explicando que a presidente da Junta “apresentou uma terceira proposta, desta vez integrando um elemento do MIM”.

“Mais uma vez a CDU e o MIM votaram contra, tendo apenas como propósito criar condições de ingovernabilidade”, disse Mário Martins, referindo que, “devido à falta de acordo com a oposição, só restou à presidente da Junta eleita, juntamente com toda a sua equipa, renunciar ao mandato e dar de novo a palavra ao povo”.

Mário Martins lamentou “a postura” dos eleitos da CDU e do MIM, que, acusou, “colocaram questões pessoais e políticas acima dos interesses da população”, levando “à paralisação da Junta de Freguesia” e consequente “inviabilização de projectos”, que “beneficiariam a população”.

Até ao próximo acto eleitoral, que, segundo a lei, só poderá realizar-se seis meses após as últimas eleições, a Junta de Freguesia de Mértola vai ser gerida por uma comissão administrativa, disse Mário Martins.

Em declarações à Lusa, o cabeça de lista e membro eleito da CDU à Assembleia de Freguesia de Mértola, César Neves, acusou os eleitos do PS de terem tentado “impor à força a sua vontade em vez de esgotarem todas as possibilidades de negociação”.

“A CDU queria fazer parte da solução e não do problema” e “rejeitou as três propostas da presidente da Junta, porque não eram as mais lógicas, já que o PS iria ficar sempre com a maioria, para adoptar uma postura de quero, posso e mando”, justificou César Neves.

Segundo o comunista, os eleitos do PS “foram incapazes de conseguir um acordo para eleger os dois vogais” do executivo da Junta e “usaram o falso argumento de que a Junta ficaria ingovernável para renunciar aos mandatos, provocando a necessidade de um novo acto eleitoral”.

A Lusa tentou  sem sucesso contactar o cabeça de lista e membro eleito do MIM à Assembleia de Freguesia de Mértola, Rui Fernandes.

LL.

Lusa/Fim

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