Autárquicas/Évora: PS e CDU mobilizam mais meios humanos na “corrida” à Câmara
Évora – As candidaturas da CDU e do PS são as que mobilizam mais meios humanos na campanha eleitoral para a Câmara Municipal de Évora, em que todos os cabeças-de-lista apostam nos contactos directos com a população.
O actual presidente do município, que se recandidata para tentar um terceiro mandato, José Ernesto Oliveira (PS), garantiu hoje à agência Lusa que a campanha socialista “conta com a colaboração de 100 a 150 pessoas”.
Esta “grande equipa”, disse, “inclui não só os candidatos aos vários órgãos autárquicos do concelho, mas também muitos outros cidadãos que quiseram colaborar”.
Das cinco candidaturas à “corrida” eleitoral em Évora, só a CDU garante a mesma ou até superior mobilização. Segundo as contas do candidato comunista, Eduardo Luciano, estão envolvidas “directamente cerca de 200 pessoas”.
“Estou surpreendido com a quantidade de gente que se está a envolver na campanha”, sublinhou.
Quanto a António Dieb, cabeça-de-lista do PSD e actual vereador no município, afiançou que, “neste momento”, sente “mais mobilização”, incluindo de não militantes no partido, mas não precisou o número de meios humanos, enquanto que os candidatos do Bloco de Esquerda (BE), Miguel Sampaio, e do CDS-PP, Luís Madeira, reconheceram limitações.
“Temos meios muito limitados”, disse Miguel Sampaio, secundado pelo cabeça-de-lista centrista: “Não vou conseguir mobilizar um exército. Devo ter umas 20 pessoas envolvidas”.
Quanto aos meios financeiros, os cinco candidatos à corrida eleitoral em Évora foram unânimes em assegurar que vão gastar pouco, atendendo à situação económica do país, e que as acções preferidas serão os contactos directos com a população, quer na cidade, quer nas freguesias rurais.
“Já iniciámos esses contactos directos, em que distribuímos o nosso jornal e o programa eleitoral, e vamos concentrar esforços nas freguesias urbanas no próximo fim-de-semana e no feriado”, disse José Ernesto Oliveira, que afiançou que vai gastar “cerca de metade da verba” de há quatro anos.
Eduardo Luciano também prometeu gastar “menos” dinheiro do que nas autárquicas anteriores e os contactos porta a porta, distribuindo um documento com os candidatos e linhas programáticas, assim como “conversas com empresários, associações e comerciantes”, serão a fórmula privilegiada para passar a sua mensagem.
“Vamos andar todos os dias na rua, para procurar falar pessoalmente com as pessoas e dar-lhes a conhecer o nosso programa”, assumiu, por sua vez, António Dieb, que vai gastar este ano, “o mesmo” do que em 2005: “55 cêntimos por eleitor, verba bastante inferior ao que a lei estabelece”.
Apostado na eleição, pela primeira vez, de “um vereador” na câmara, o Bloco de Esquerda, com os seus “meios financeiros reduzidos”, vai promover debates e palestras sobre vários temas e, igualmente, apostar no porta a porta em todo o concelho, tal como o CDS-PP.
“A nossa verba é diminuta e, num país em crise, não podemos andar a gastar dinheiro ou muita tinta e cola para cartazes, nem a queimar gasóleo. Vamos é andar de freguesia em freguesia, de rua em rua e de porta em porta a dizer quem somos e o que queremos fazer”, disse Luís Madeira.
RRL.
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