Aviação: Aeroporto de Beja poderá estar operacional “dentro de nove meses” – Deputada do PS
Beja – A ANA – Aeroportos de Portugal estima que o aeroporto de Beja poderá estar certificado e pronto para começar a operar “dentro de nove meses”, disse a deputada do PS Ana Paula Vitorino.
Reportando-se a informações prestadas ontem pela ANA ao Grupo Parlamentar do PS, a deputada disse que “dentro de aproximadamente nove meses existiriam todas as condições operacionais e de certificação para que pudesse ser utilizado o aeroporto de Beja na sua plenitude do ponto de vista do transporte aéreo civil”.
A ex-secretária de Estado dos Transportes, ao lado do presidente do conselho de administração da ANA, António Guilhermino Rodrigues, falava aos jornalistas durante uma visita às obras de construção do aeroporto de Beja, que “estão quase concluídas”.
A visita inseriu-se nas Jornadas Parlamentares do PS, que decorrem até quarta-feira em Beja e são dedicadas ao desenvolvimento regional, competitividade e sustentabilidade.
Para o aeroporto começar a operar, além dos acabamentos de construção civil, da instalação de equipamentos e dos acordos com a Força Aérea para o uso das pistas da Base Aérea n.º 11 (BA11), falta o processo e certificação, precisou.
“A informação que recebemos é que esse processo [de certificação], no seu conjunto, demoraria nove meses”, disse a deputada, referindo que a “expectativa” do Grupo Parlamentar do PS é que “no final do próximo ano” o aeroporto de Beja já tenha “um tráfego a começar a consolidar-se”.
“Durante o próximo ano é possível que o aeroporto esteja plenamente operacional na componente civil”, estimou a deputada.
Em declarações aos jornalistas, António Guilhermino Rodrigues lembrou que a ANA está em conversações com a Força Aérea e com o Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) para obter a certificação do aeroporto de Beja.
As conversações servem para “ver quais as adaptações que é necessário fazer nas instalações militares” para obterem “a certificação para fins civis” e o aeroporto poder operar a partir das pistas da BA11, porque “a operação civil tem requisitos muito mais apertados do que a operação militar”, explicou.
Segundo o responsável, a ANA está também “em conversações e a negociar” com “várias empresas da indústria aeronáutica”, nomeadamente ligadas à manutenção e à reparação de aviões, “que se querem fixar” junto ao aeroporto de Beja.
Na aérea do transporte aéreo, disse, “existem contactos com operadores”, turísticos e de transporte aéreo, para “se conseguir encontrar algumas ligações que podem vir a ser feitas” a partir de Beja e “por voos charters”.
“Ainda não temos o aeroporto em condições para fazer a operação civil de passageiros. Isso vamos fazê-lo durante o próximo ano”, disse, explicando que “o aeroporto cria acessibilidade, mas é preciso que a região atraia passageiros”.
“O aeroporto está a trabalhar com agentes e operadores turísticos no sentido de ver quais são as necessidades que existem para depois estabelecer com eles ligações que venham a corresponder a necessidades regionais e que venham trazer pessoas e turistas para a região”, disse.
“Estamos a falar de voos charters. É por aí que devemos começar”, disse, explicando que, “normalmente, quase todos os aeroportos de carácter turístico começam por voos charters, com duas a três ligações semanais, e depois vão crescendo”.
LL.
Lusa/Fim