Bloco de Esquerda – Comunicado: PIDDAC ou Proposta Imediata Do Desemprego?
Neste mandato do Partido Socialista, o investimento no distrito diminuiu 67,8%. O país está a estagnar e o distrito a definhar. É muito preocupante a falta de investimento na educação, saúde e obras públicas. E o PS local o que diz? ZERO!
As verbas inscritas em PIDDAC para o distrito são insuficientes, diminuem drasticamente e reforçam o abandono desta região.
O Bloco de Esquerda tem alertado para esta realidade e os números dão-nos razão e desmontam toda a propaganda feita por aqueles que tentam iludir-nos. Existem inclusive investimentos como na segurança social que se vão traduzir em redução de pessoal. A redução das verbas para o Instituto Politécnico tem colocado em perigo esta tão importante instituição; nós perguntamos: onde está a coerência e a responsabilidade daqueles que defendem estas políticas? Estas políticas do PS aumentam o desemprego e a desigualdade tornando o país mais pobre, socialmente mais agressivo, mais inseguro e mais precário? Outros investimentos que se aguardam como a plataforma logística de Elvas parecem atrasados.
Vamos ter agravamento no desemprego e com a falta de poder de compra a economia local irá sofrer enormes impactos – o comércio no distrito já acusa esse indicador. Tudo isto é também resultado de uma vergonhosa redistribuição de capital que nos coloca conforme o recente relatório da OCDE na lista de países com mais desigualdade social.
Este distrito para o OE 2009 recebe 0,68% do total nacional e continua a sofrer reduções drásticas o que mostra bem o falhanço destas políticas centralistas. Não temos dúvidas que, além do governo, também os representantes locais e os serviços coordenadores têm responsabilidades nesta situação. A constante redução de serviços públicos e a redução dos seus trabalhadores colocam em causa o funcionamento e a qualidade dos apoios à população. Tudo isto resulta numa política de interiocídio que o Bloco de Esquerda condena.
Consecutivos governos condenaram-nos, mas o actual consegue “melhor” – já está a tratar da liquidação. Não ignoramos que existe quota-parte de responsabilidades dos eleitos e actores locais, dado que têm praticado uma gestão ilusória com os fracos resultados que vemos. Na reentre política denunciámos os interesses eleitoralistas transformando a política local numa passerelle. No entanto continua-se a assistir a uma campanha de manipulação da opinião pública.
Propomos desenvolvimento dos serviços públicos, de que depende a democracia, na saúde, na educação, no acesso à água, saneamento básico, à energia, às comunicações e habitação. Propomos a reabilitação dos equipamentos turísticos votados ao abandono pelo Estado e uma aposta séria nesta área. O melhoramento da rede ferroviária quase inexistente é para nós factor importante de desenvolvimento.
Denunciamos a demagogia do secretário de estado das finanças quando anuncia um acréscimo de mais de 4% nas transferências aos municípios – sabendo-se que com as novas atribuições as verbas acabam por desaparecer. Reclamamos, uma política fiscal para o distrito com contornos semelhantes à Madeira e Açores, aplicando uma discriminação positiva usando para isso uma parte substancial dos impostos aqui colectados.
Com estas propostas melhoramos a região tornando-a mais apelativa às pessoas e aos empreendimentos, evitando o mais que provável êxodo que já começou.
A Comissão Coordenadora Distrital