Campo Maior: Direcção Regional de Cultura presta apoio técnico para salvaguarda das muralhas
Portalegre – A Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA) anunciou hoje que vai prestar apoio técnico ao município de Campo Maior (Portalegre) relativamente à salvaguarda das muralhas do castelo que têm registado derrocadas.
“A câmara tem um plano de salvaguarda e a nossa missão passa por dar apoio técnico, acompanhar a autarquia nas suas decisões e efectuar as respectivas avaliações”, disse hoje à agência Lusa a directora da DRCA, Aurora Carapinha.
As muralhas do castelo de Campo Maior têm registado várias derrocadas nos últimos anos, a última das quais ocorreu na madrugada de terça-feira.
A situação está a colocar em risco dezenas de famílias que vivem em condições precárias junto ao monumento.
Embora sublinhe que o plano de salvaguarda que a autarquia de Campo Maior possui deverá ser revisto, para adequar-se ao actual enquadramento legal, Aurora Carapinha explicou que já foi entregue ao município um relatório que indica as “razões” que poderão estar na origem das derrocadas.
“Nós já estivemos no local logo após a última derrocada e estamos a acompanhar o caso e a dialogar com o presidente da câmara”, sublinhou.
Aurora Carapinha revelou ainda que as muralhas do castelo de Campo Maior “não estão classificadas”, embora o castelo esteja afecto ao Ministério da Cultura.
“O que está afecto ao Ministério da Cultura é o castelo, as muralhas nem sequer estão classificadas, mas isso não exclui que a Direcção Regional de Cultura do Alentejo não tenha assumido que era importante definir aquele valor patrimonial”, sublinhou.
Entretanto, o município de Campo Maior pretende realojar cerca de 50 famílias que vivem junto às muralhas num outro espaço da vila, após o último desmoronamento registado no monumento.
A autarquia justifica a medida sustentando que a derrocada ocorrida na muralha coloca em risco as famílias que aí habitam.
Em declarações à Lusa, o presidente do município, Ricardo Pinheiro (PS), revelou que o realojamento das primeiras famílias afectadas deverá ocorrer nos próximos dias, no “máximo” até domingo.
A autarquia tem em marcha um plano de realojamento, temporário, em tendas a instalar na zona industrial daquela vila alentejana, mas por questões “burocráticas” ainda não foi possível desencadear essa acção.
HYT.
Lusa/Tudoben